POLÍTICA
Tião acusa Cartaxo de fazer negociata com área pertencente ao aeroclube
Permuta de terreno com a Aliance seria 'caixa 2' para a campanha.
Publicado em 03/08/2016 às 12:39
O deputado estadual Tião Gomes (PSL) apresentou um requerimento para que a Assembleia Legislativa da Paraíba solicite que o Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) e a Polícia Federal investiguem a uma suposta permuta que teria sido feita entre o terreno do Aeroclube de João Pessoa e com a construtora Alliance. Segundo o parlamentar, que reconhece não ter provas de nada, o esquema teria sido determinante para fechar a aliança do PMDB do senador José Maranhão com a pré-candidatura à reeleição do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) e teria como propósito fazer 'caixa 2' para a campanha. “Estamos diante de uma Lava Jato em João Pessoa”, afirmou.
Conforme a denúncia, que Tião Gomes apresentou da tribuna da Assembleia, na manhã desta quarta-feira (3), o terreno do Aeroclube, no bairro do Bessa, deve ser trocado por uma uma área de 18 hectares da Usina São João, em Santa Rita.
A transação estaria orçada em R$ 250 milhões e teria sido fechada na última sexta-feira (29), após uma reunião entre o senador José Maranhão, Luciano Cartaxo, o ex-presidente do Aeroclube, Rogério Lubambo, e o dono da construtora Alliance, Eronaldo Marinho. “Depois dessa reunião surgiu o acordo da permuta com a construtora que veio trazendo justamente trazendo as alianças para esta composição em João Pessoa”, acusou.
A deputada Estela Bezerra (PSB), que também é da base aliada do governador Ricardo Coutinho e apoia a pré-candidatura de Cida Ramos (PSB) para a prefeitura da capital, levantou a questão de que, por lei, 70% da área do aeroclube tenha que ser um parque. A área, inclusive, vem sendo estudada pelo governo do estado para compor na segunda etapa da construção do Parque Parahyba, no Bessa.
Porta-voz da prefeitura, o secretário de comunicação do município, Josival Pereira, classificou as denúncias como extremamente fantasiosas. Pereira lembrou que há duas ações na Justiça Federal movidas pela prefeitura e que, portanto, os terrenos estão inegociáveis, por estarem subjudice.
Em nota, o Grupo Alliance esclareceu que não participa da negociação de compra, venda ou troca do terreno do 'Aeroclube do Bessa'. E reforçou que ainda que seu único objetivo é manter-se na liderança do segmento da construção civil na Paraíba, por meio da qualidade técnica dos seus empreendimentos e da ética na relação com seus clientes e com o mercado.
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