POLÍTICA
Tião critica Cássio e Ruy cobra posição de Ricardo
Deputado da base governista atacou na imprensa gestões de Cássio e Ronaldo; presidente do PSDB na Paraíba cobrou explicações.
Publicado em 08/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 21/06/2023 às 13:13
Quarenta e oito horas depois de o presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, ter dado um ultimato ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB) para decidir sobre a aliança com o governador Ricardo Coutinho, eis que mais um aliado da base governista, o deputado Tião Gomes, aparece na imprensa fazendo duras críticas ao governo do tucano. Segundo Tião, que preside o PSL no Estado, Ricardo fez mais em três anos de governo do que os governos de Ronaldo e Cássio juntos.
“Eu pedi para mostrar as obras de Cássio. Ele governou a Paraíba por seis anos e Ronaldo quatro anos”, afirmou o deputado Tião Gomes. Segundo ele, na eleição deste ano o eleitor vai discutir sobre quem mais fez pela Paraíba, se Cássio ou Ricardo. “O que a gente tem que discutir? Discutir o que foi feito pela Paraíba e mais nada. Me mostre as obras de Cássio, ele não fez muito? Cássio é um mentiroso, enganador do povo.
Ele passou o governo todo e não resolveu os problemas da Paraíba e agora quer aparecer como o salvador”, atacou Tião.
Em nota, o presidente estadual do PSDB, deputado Ruy Carneiro, lamentou que o governo não tenha se pronunciado sobre as provocações do parlamentar, muito menos registrado que o governador e o próprio PSB fazem outro julgamento dos governos de Cássio e Ronaldo.
"O governo pode até não ser o mentor das ofensas do deputado, mas o silêncio o torna avalista do que foi dito", disse o presidente estadual do PSDB da Paraíba, em nota divulgada ontem. Segundo Ruy, agrediram até a memória de Ronaldo, a quem a Paraíba demonstrou toda a sua admiração, por ocasião do velório dele no ano passado. "Quando não se respeitam nem os mortos, quem se vai respeitar?".
Ruy acentuou que a obra administrativa de Cássio já foi julgada pela Paraíba, que lhe deu mais de um milhão de votos para o Senado e, com seu apoio, elegeu o atual governador. Segundo ele, as pesquisas de intenção de votos que dão a Cássio números muito superiores aos dos demais candidatos comprovam a aprovação do governo de Cássio pelos paraibanos.
"Cássio fez muitas e muitas obras de pedra e cal, mas seu grande diferencial foi o respeito às pessoas, a capacidade de ouvir, de dialogar e de respeitar movimentos e instituições, sem perseguir nem retaliar ninguém”, destacou ainda no texto da nota.
O governo do Estado evitou maiores comentários sobre a nota divulgada pelo presidente do diretório estadual do PSDB, Ruy Carneiro, cobrando uma posição em relação às críticas feitas pelo deputado Tião Gomes. Questionado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, o secretário de Comunicação do Estado, Luís Tôrres, disse que se trata de um debate político entre presidentes de partidos.
“Não vejo onde o governo deve se envolver nisso. Isso é debate político-partidário”, respondeu o secretário, por meio de mensagem de celular. “O deputado Ruy Carneiro deve se reportar ao deputado Tião Gomes, que é deputado e presidente de partido como ele. O governo tem seis bilhões em investimentos pra tocar”, completou Luís Tôrres.
PPS DEFENDE CHAPA COM CÁSSIO
O presidente estadual do PPS e vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, em declaração feita ontem durante evento na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, disse que mais de 80% dos diretorianos do partido não desejam uma aliança com o PSB, do governador Ricardo Coutinho, e apoiariam uma chapa Cássio Cunha Lima (PSDB) para governador e Luciano Agra (PEN) para vice-governador. A avaliação foi feita durante reunião ocorrida no último dia 31 de janeiro. Mas afirmou que as várias teses serão discutidas dentro do PPS.
“Tem tese de candidatura própria, tem gente que defende uma composição com Veneziano (PMDB), tem gente que defende uma aliança com o PSB, no caso a deputada Gilma Germano, mas eu noto que a grande majoritária seria por essa chapa Cássio e Agra”, disse, reafirmando que a sua posição é por uma aliança com o senador peessedebista.
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