icon search
icon search
home icon Home > política
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

POLÍTICA

Trabalhadores rurais ocupam sedes do INSS na Paraíba

Grupo protesta em JP e CG contra as medidas do presidente interino.  

Publicado em 16/06/2016 às 9:13

Cerca de três mil trabalhadores rurais de todo o Estado, filiados ao Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs), ocuparam nesta quinta-feira (16) as Gerências Executivas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de João Pessoa e Campina Grande para protestar contra medidas adotadas pelo governo do presidente interino Michel Temer.

O "Dia de Luta", uma mobilização nacional em defesa dos direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, tem como pauta o protesto ao retrocesso de direitos: contra a reforma da Previdência e a extinção dos Ministérios da Previdência Social (MPS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA); pela manutenção do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR); e em defesa da democracia.

Na capital, o grupo, de cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais se concentraram desde às 8h na sede Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), na Rua Barão do Abiaí, Centro, de onde saíram em marcha para a sede do INSS, na Rua Elizeu César. Já em Campina Grande, agricultores de 39 cidades caminharam nas principais ruas da cidade e pararam em frente a sede da Previdência Social, no Centro, na rua Coronel João Lourenço Porto, que ficou interditada.

(Foto: Divulgação)
Para o presidente da Fetag-PB, Liberalino Lucena, é inaceitável o que se está havendo. “Não podemos admitir que após tantas lutas e conquistas, a principal delas, que garantiu a ampliação da proteção previdenciária concedida aos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, o governo federal juntamente com o Congresso Nacional queiram aprovar uma reforma da Previdência que vai atingir em cheio os direitos da categoria, como, por exemplo, a proposta de se estabelecer uma idade mínima única de 65 anos para a aposentadoria para homens e mulheres, trabalhadores rurais e urbanos, quando hoje, a mulher do campo se aposenta com 55 anos e o homem, com 60”, destacou.
Outra afronta aos trabalhadores, de acordo com o presidente da Fetag-PB, é a extinção dos Ministérios da Previdência Social e do Desenvolvimento Agrário. “Acho que o MPS é um dos únicos ministérios que arrecada o suficiente para sobreviver. Não achamos justo que, em nome das dificuldades financeiras que passa o país, os Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, que não têm culpa de nada, sejam os mais atingidos”, finalizou Liberalino.
Denúncias:
Fim do MDA – Edição da Medida Provisória nº 726/2016 que, dentre outras medidas, extinguiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o fundiu com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS); além do Decreto nº 8.780/2016, que transferiu as competências da reforma agrária, da agricultura familiar e da regularização de territórios quilombolas para a Casa Civil da Presidência da República.
Reforma da Previdência - As principais medidas atreladas a esse pacote estão o aumento da idade mínima para se aposentar: homens e mulheres só passam a ter direito a este benefício aos 65 anos; exigência de contribuição previdenciária para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, extinguindo a condição de segurados especiais conquistada na Constituição de 1988; desvinculação do aumento das aposentadorias e pensões ao valor do salário mínimo.
Fim do Programa Minha Casa, Minha Vida Rural - Cancelamento da construção de 11.900 casas já contratadas com entidades de movimentos sociais; fim dos subsídios governamentais para as camadas sociais mais pobres. Antes o beneficiário só pagava 5% do valor da casa. Agora terá que pagar 100%; fim da contratação de entidades organizadoras ligadas a movimentos sociais, como a Contag, Fetags e STTRs; suspensão das 3 milhões de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida 3.
Desvinculação dos recursos para saúde e educação - Desvincular os recursos constitucionais destinados à saúde e educação, os quais são percentuais obrigatórios que todo mês devem ser repassados aos estados e municípios.
Criminalização dos Movimentos Sociais - Repressão e criminalização dos movimentos sociais. Sob o comando do ex-advogado do PCC e atual Ministro da Justiça, voltamos à época em que os trabalhadores eram impedidos de se manifestar livremente.
Reportagem atualizada às 11h40.
Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp