POLÍTICA
Troca de farpas até longe da CPI
Romero Rodrigues refutou as acusações de Veneziano de que a sede da PMCG estaria 'por trás de toda essa história de denúncia infundada'
Publicado em 08/08/2015 às 12:30
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), refutou ontem as acusações do deputado federal e ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) de que o Palácio do Bispo, sede do Poder Executivo, estaria, juntamente com o procurador-geral do município, José Fernandes Mariz, “por trás de toda essa história de denúncia infundada”, feita pelo ex-tesoureiro Rennan Trajano. As acusações de caixa dois, improbidade administrativa, licitações fraudulentas e desvios de recursos oriundos da Tesouraria da PMCG na gestão de Veneziano redundaram na criação da CPI do Tesoureiro, na Câmara Municipal.
“Ele está com a memória um pouco desgastada porque na realidade quem financiou Rennan Trajano foi a administração dele. É bom lembrar que Rennan foi tesoureiro da prefeitura nos dois mandatos do ex-prefeito Veneziano e se afastava no período das eleições para ser coordenador financeiro das campanhas. Ele perdeu a confiança depois que veio à tona essas denúncias. Então, quem financiou Rennan foi o Palácio, mas na gestão de Veneziano”, ressaltou.
O tucano também comentou a afirmação de Veneziano segundo o qual as denúncias de Rennan Trajano foram subsidiadas pela cúpula atual da PMCG para barrar uma eventual candidatura dele a prefeito nas eleições de 2016. Segundo o ex-prefeito, “os meus opositores anteciparam o processo de 2016 porque sabem que no campo administrativo não têm condições mínimas de estabelecer um comparativo”. Para Romero, ao invés de usar a retórica para explicar a população de Campina Grande de que deu prejuízo ao erário público, Veneziano tenta confundir a população politizando as denúncias.
“Ele tenta politizar um assunto que não é político, mas um caso de polícia. O assunto compete à Polícia Federal, ao Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e à Câmara Municipal, que tem prerrogativa de criar Comissão Parlamentar de Inquérito, a exemplo da Câmara dos Deputados, Senado e Assembleia Legislativa”, acentuou o prefeito campinense.
DEPOIMENTOS
O presidente da CPI do Tesoureiro, João Dantas, confirmou para a próxima segunda-feira, às 14h, a votação dos requerimentos para convocação dos ex-secretários de Finanças da Prefeitura na gestão passada, ou seja, Levi Leite, Vanderlei Medeiros e Júlio Cabral. Também serão convocados os ex-secretários de Obras, Alexandre Almeida e Alex Azevedo, além dos proprietários das empresas JGR Construções, Compec e Contérmica.
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