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POLÍTICA

UEPB: crise financeira

Com 87% do orçamento destianado à folha de pagamento, UEPB passa por um 'estrangulamento financeiro'.

Publicado em 09/04/2013 às 6:00

A greve dos professores e servidores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), deflagrada há mais de 40 dias, expôs a crise financeira na instituição. Com a mudança na fórmula adotada pelo Governo do Estado para definir o valor do duodécimo, o orçamento não está acompanhando o ritmo de expansão da UEPB, que atravessa um momento de 'estrangulamento financeiro'. Segundo a reitoria, 87% do orçamento de 2013 está comprometido com a folha salarial.

A previsão orçamentária para a UEPB para este ano é de R$ 231 milhões, mas dados da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplad) apontam que só a despesa com pessoal vai consumir cerca de R$ 201 milhões. De acordo com o reitor Rangel Júnior, o peso atual da folha de pagamento inibe a capacidade de investimento da UEPB e impede a concessão de reajustes aos grevistas, que reivindicam um aumento salarial de 17%.

Para o reitor Rangel Júnior, esse comprometimento retira a capacidade de investimento da instituição e pode afetar até mesmo as despesas de custeio. “Temos limitações no orçamento e dificuldades que limitam o investimento. O processo de consolidação dos campi tem um custo muito alto, o que nós precisamos é fazer ter uma garantia orçamentária para poder planejar esses investimentos ao longo dos anos”, avalia.

Em lados opostos da mesa de negociação para o fim da greve, reitoria e sindicatos concordam quando o assunto é reivindicar a rediscussão do valor do duodécimo da universidade. O professor José Cristóvão de Andrade, presidente da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb) defende que o governo volte a vincular o cálculo do repasse ao orçamento do Estado. Ele defende a destinação de 6% das receitas da Paraíba para a UEPB.

O valor do orçamento da UEPB aprovado na Assembleia Legislativa foi de R$ 241 milhões, devido à inclusão de R$ 10 milhões em emendas parlamentares. Mas de acordo com a reitoria, o valor das emendas ainda não foi executado pelo governo. A UEPB está adotando medidas de contenção de despesas, mas tem pouca margem para cortar o principal custo que é a folha de pagamento, já que 91% das despesas de pessoal são com professores efetivos.

A reitoria pretende negociar com o Executivo Estadual para encontrar soluções para o orçamento da UEPB que possam evitar a falência da instituição.

Por sua vez, José Cristóvão de Andrade está cobrando a liberação de recursos de empréstimos para a UEPB que teriam sido liberados pela ALPB num valor total de R$ 80 milhões.

Redução no orçamento é de R$ 78 mi

Cálculos da pró-reitoria de planejamento estimam que o orçamento da UEPB para 2013 seria de R$ 309 milhões se a fórmula anterior de cálculo do duodécimo tivesse sido mantida pelo governo, o que representa uma perda de R$ 78 milhões em relação ao orçamento atual de R$ 231 milhões. Ainda segundo a projeção, o peso da folha de pessoal da universidade seria de apenas 65% das receitas, ao invés do comprometimento hoje de 87%.

De acordo com Rangel Júnior, a expansão da UEPB foi planejada com base numa estimativa orçamentária maior do que a adotada hoje. Isso porque a previsão das receitas da instituição foi feita a partir da fórmula de cálculo aplicada entre 2006 e 2010, quando o duodécimo estava atrelado a pelo menos 3% da arrecadação total do Estado.

Governo diz que critério será mantido

O governo estadual informou que o orçamento da UEPB foi reajustado de acordo os critérios vigentes para os demais órgãos do Estado que possuem autonomia administrativa. “A definição do orçamento da UEPB segue o mesmo critério dos demais órgãos ou poderes do Estado. O mesmo índice de correção de 6% foi adotado para o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia e Defensoria Pública. Pelo critério de equidade, não poderíamos adotar um cálculo diferenciado para a UEPB”, explicou o secretário de Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira.

O governo garante ainda que não há prejuízo para a autonomia financeira e administrativa da UEPB, que continua preservada com a garantia do repasse das verbas sendo feito em dia e com reajuste.

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Jornal da Paraíba

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