UEPB: pré-candidatos da oposição repercutem crise financeira

As medidas de cortes de despesas anunciadas pela Reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)  repercutiram entre os pré-candidatos da oposição ao Palácio da Redenção. Entre elas, estão o adiamento do início do período letivo 2018.1 de 3.077 alunos novatos de agosto deste ano para 2019, a revogação da Portaria de turno contínuo de trabalho dos técnicos administrativos, suspensão da concessão de afastamento de servidores para capacitação e a suspensão de mudança de regime de trabalho de docentes e técnicos. Além disso, editais de seleção de professor substituto também foram suspensos.

Lucélio

O pré-candidato ao governo, Lucélio Cartaxo (PV), disse que a UEPB é “um patrimônio de todos os paraibanos que não vem recebendo a atenção que merece”. Na avaliação de Cartaxo, que se reuniu recentemente com o reitor Rangel Júnior, a universidade deveria contar com mais apoio institucional do Governo do Estado, fortalecendo a vocação do Estado para a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação.

“A UEPB é um patrimônio de todos os paraibanos que precisa ser valorizado. Tem representatividade em várias regiões do Estado, formando mais de dois mil alunos todos os anos, em mais de 50 cursos oferecidos à população. É um polo de conhecimento e de atração de talentos que cumpre um papel importante na formação de milhares de jovens”, disse Lucélio Cartaxo.

Maranhão

Por sua vez, o pré-candidato José Maranhão (MDB) disse estar muito preocupado em saber da situação financeira da UEPB atualmente, por entender que a instituição é fundamental para o desenvolvimento da Paraíba.

“A história prova que eu, quando fui governador, sempre cumpri com a Lei da Autonomia e respeitei os direitos da Universidade. Essa visita foi importante para conversar de perto com o reitor e toda sua equipe, para que possamos construir um conjunto de propostas positivas para a Universidade”, afirmou Maranhão, que também se reunir com Rangel Júnior.

Tárcio Teixeira

O pré-candidato do PSOL ao Palácio da Redenção, Tárcio Teixeira, disse que a UEPB merece respeito. “Absurdo o desprezo como o governador trata a UEPB. Respeitar a autonomia não é dizer que o problema é da Universidade e sair como não tivesse nenhuma responsabilidade com o problema”, alfinetou o socialista, acrescentando que o reitor Rangel Júnior não gostaria de tomar as duras medidas, “ mas com Ricardo Coutinho segurando o dinheiro da nossa universidade prejudica diretamente estudantes e servidores/as”, ressaltou Tárcio que se reunirá com o reitor nos próximos dias.

Governo critica gestão

Na ação que impetrou na Justiça para anular o ato administrativo da reitoria da Universidade Estadual da Paraíba, adiando o início do período letivo 2018.1, que começaria agora em julho, para o início de 2019, o governo, por meio da Procuradoria-Geral do Estado, faz duras críticas à gestão da UEPB.

Para a PGE, a direção da universidade “tem tido uma gestão irresponsável e com várias irregularidades, de acordo com relatório do Tribunal de Contas da Paraíba”. Dentre as irregularidades citadas, estão a “criação de cargos comissionados, aumento de remuneração de servidores comissionados, criação de gratificações e outros itens que comprometem a saúde financeira da instituição”.