POLÍTICA
Vereador é preso por vender equipamentos da Secretaria de Educação do Estado
Equipamento era oferecido por R$ 500, mas havia sido comprado pelo Estado por R$ 2,7 mil.
Publicado em 11/07/2017 às 11:55
A Polícia Civil de Patos prendeu na tarde da última segunda-feira (10) o vereador do município de São Mamede, Francisco das Chagas Medeiros (PSB), e o técnico de informática, Arlan Ravelle de Araújo Guerra, de 25 anos. Eles são acusados de comercializarem equipamentos pertencentes à Secretaria de Educação do Estado da Paraíba. A venda dos equipamentos pela dupla era realizada em sites da região. O equipamento possuía tombamento, o que facilitou o trabalho de investigação.
De acordo com o delegado Demétrius Patrício, o caso veio a público após o registro de uma denúncia de que um equipamento access point (dispositivo transmissor de internet), pertencente a uma escola da rede estadual em São Mamede, estava sendo comercializado na internet.
A denúncia foi formalizada pela 6ª gerência regional de Educação de Patos, que acompanhou o processo, após agentes da Polícia Civil se passarem por clientes e marcarem um encontro com o técnico de informática, responsável pelas negociações. Segundo a Polícia Civil. O equipamento era oferecido por R$ 500, mas havia sido comprado pelo Estado por R$ 2,7 mil, conforme valor especificado na nota fiscal apreendida.
Após ser detido em flagrante pelos policiais, o técnico de informática foi levado para delegacia e confessou que o equipamento pertencia a uma escola do Estado. Ele disse que o produto havia sido repassado pelo vereador Francisco das Chagas Medeiros, que acabou detido minutos depois numa ação realizada por policiais no sítio pertencente ao político, distante seis quilômetros da cidade de São Mamede. Outros dois equipamentos também foram apreendidos.
Na delegacia, o técnico de informática pagou fiança e responderá em liberdade pelo crime de receptação. Já o vereador Francisco das Chagas Medeiros será indiciado pelos crimes de peculato, furto e crime contra administração pública. Por se tratar de um caso de apropriação de bem público em fase de investigação inicial, o vereador não teve direito ao pagamento de fiança e foi encaminhado para o presídio Romero Nóbrega, onde permanecerá a disposição de Justiça, até a audiência de custódia.
A redação do Jornal da Paraíba tentou contato com o advogado dos suspeitos, mas nenhuma das ligações realizadas foram atendidas ou retornadas.
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