POLÍTICA
Vereadores ficam insatisfeitos com exonerações na PMJP
O secretário de Articulação Política de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, entretanto, negou que tenha havido demissões.
Publicado em 03/02/2015 às 7:02 | Atualizado em 23/02/2024 às 15:59
As exonerações promovidas pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), geraram descontentamento entre os vereadores da capital. O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereador Durval Ferreira (PP), planeja reunir os parlamentares para discutir as demissões dos servidores indicados pela base de apoio à gestão. O secretário de Articulação Política de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, entretanto, negou que tenha havido demissões. “Trata-se de prestadores de serviço que tiveram o contrato encerrado em dezembro. Dos cerca de 2.500 só iremos readmitir mil”, antecipou.
Somente um vereador chegou a perder 60 cargos na gestão municipal. Durval Ferreira explicou que manteve contato com quatro vereadores que relataram a ocorrência das exonerações, contudo o presidente afirmou que até hoje deve ir até a prefeitura e se inteirar do ocorrido.
“Estamos aguardando os acontecimentos, até porque não sabemos se foi uma falha ou algo desse tipo. A gente vai reunir os vereadores, acredito que na quinta-feira quando serão retomados os trabalhos legislativos, para discutir as ações da Câmara, e se esse tema das exonerações for levantado, nós também discutiremos. Alguns vereadores me ligaram para dizer que estava ocorrendo esse problema”, explicou.
Durval Ferreira minimizou as exonerações e afirmou que as medidas podem ter sido adotadas como forma de reduzir as despesas da administração municipal. “Sabemos que o prefeito está pensando em fazer uma contenção de despesas”, disse.
Para o vereador Benilton Lucena (PT), as exonerações foram necessárias para acomodar os servidores concursados, que foram empossados no último dia 25. “São exonerações normais. Os concursados estão entrando e os prestadores de serviço estão saindo”, explicou. Ele negou que haja qualquer descontentamento por parte dos vereadores que integram a bancada de situação.
O secretário de Articulação Política, Adalberto Fulgêncio, disse que os concursados irão ocupar os cargos não necessários dos prestadores de serviço. “Estamos substituindo 1.300 concursados da educação por 1.500 prestadores de serviço, porque o concursado é mais caro que o prestador. Os prestadores da educação têm um contrato de onze meses, de fevereiro a dezembro, porque em janeiro as escolas estão fechadas. Nesse mês de janeiro de 2015 deixamos de renovar os contratos que foram findos em dezembro. Então, não vamos precisar renovar esses contratos. E só vamos renovar daqueles profissionais de apoio que forem realmente necessários”, afirmou.
Adalberto disse, ainda, que deverão ser aproveitados apenas em torno de 1.000 cargos de prestador de serviço, em setores da educação não acobertados pelos concursados. “Dos cerca de 2.500, só vamos renovar aproximadamente mil. Acredito que os vereadores vão entender essa necessidade da prefeitura, já que não estamos tirando ninguém, mas incentivando a entrada via concurso de profissionais da educação, e a prefeitura ainda necessita de contratação de prestadores de serviço para algumas áreas”, disse. (Colaborou Angélica Nunes)
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