POLÍTICA
Vitor Hugo é eleito prefeito de Cabedelo com 73% dos votos
Prefeito interino foi oficialmente eleito ao cargo neste domingo (17). Cerca de 25% dos eleitores não compareceram.
Publicado em 17/03/2019 às 19:33 | Atualizado em 18/03/2019 às 12:19
Atual prefeito interino de Cabedelo, na Grande João Pessoa, Vitor Hugo (PRB), foi o escolhido de 73% dos eleitores para assumir a prefeitura municipal, após eleições suplementares deste domingo (17), o percentual equivale a 23.169 votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chapa vitoriosa conta ainda com Aguinaldo Silva (PSB) como vice-prefeito.
O resultado foi conhecido por volta das 19h. Vitor Hugo disputou o cargo de prefeito com mais três candidatos. Eneide Regis (PSD) foi a segunda mais votada, com 6.199 votos; Marcos Patrício (PSOL) obteve 1.461 votos e Eudes Souza (PTB) contou com o apoio de 818 votantes. Cerca de 25% do eleitorado, o equivalente a 11.851 eleitores, não compareceram às urnas.
Vitor Hugo agradeceu pelos votos obtidos nas urnas e prometeu continuar a gestão com responsabilidade e comprometimento.
“Antes de tudo, quero agradecer a Deus pela oportunidade de continuar prefeito, desta vez eleito pelo povo. Agradecer, de coração, a todos que saíram de suas casas neste domingo para votarem no 10, confiando em nós e na vontade que demonstramos em mudar Cabedelo através do trabalho. Vamos continuar nossa gestão, com responsabilidade, compromisso e a vontade de ver Cabedelo desenvolvida e com oportunidade para todos”, disse.
A definição do nome que assume definitivamente a prefeitura do município até as eleições de 2020 acontece após aproximadamente 11 meses de confusões na política do município. Vitor Hugo assumiu o cargo de prefeito de Cabedelo, logo após a deflagração da Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, que resultou na prisão do então prefeito Leto Viana e outros 5 vereadores, além do afastamento do então vice-prefeito, Flávio de Oliveira.
O pleito
Durante o processo de votação quatro urnas eletrônicas apresentaram problemas e foram substituídas rapidamente. O sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela totalização dos números, precisou ser atualizado após apresentar problemas no funcionamento. Isso acabou por adiar o início da apuração em até uma hora.
Ainda durante a manhã, o candidato a vice-prefeito, Aguinaldo Silva, foi hospitalizado após uma confusão com uma suposta adversária, que resultou em pico de pressão arterial. De acordo com a esposa do candidato, Elisângela Coutinho, ele teve a pressão estabilizada e logo em seguida liberado.
Apesar dos problemas a Polícia Militar não registrou nenhuma ocorrência em Cabedelo, durante todo o dia de votação. Aproximadamente 150 policiais atuaram na segurança da eleição suplementar no município.
Quase um ano de indefinição
No dia 3 de abril de 2018, a operação Xeque-Mate, da Polícia Federal em conjunto com o Grupo de Atuação Especial contra do Crime Organizado (GAECO), cumpriu 11 mandados de prisão preventiva em Cabedelo. Entre os presos estavam o então prefeito Leto Viana e outros 5 vereadores. O então vice-prefeito, Flávio de Oliveira, foi afastado do cargo.
A operação tinha como objetivo desarticular um esquema de corrupção na administração pública do município. Após as ações desempenhadas pela PF, o então vereador Vitor Hugo (PRB) assumiu o cargo de prefeito interino no município e outros 10 suplentes foram empossados vereadores.
Ainda em novembro do mesmo ano, Cabedelo voltou a viver nova indefinição em torno da política municipal. Em uma votação que aconteceu no dia 27 daquele mês, os vereadores elegeram Geusa Ribeiro (PRP) como presidente da câmara. Consequentemente, ela deveria assumir a prefeitura do município já em 1º de janeiro de 2019.
Os vereadores aliados de Vitor Hugo entraram na Justiça contra a votação. No dia 3 de dezembro de 2018, uma decisão da juíza Teresa Cristina de Lyra Pereira suspendeu o projeto de resolução que alterou a mesa diretora e no mesmo dia, em uma outra liminar, garantiu a presidência da Câmara Municipal e a prefeitura da cidade em de janeiro de 2019, ao então prefeito interino.
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