POLÍTICA
Wilbur entrega cargo na Companhia Docas
Presidente da Companhia Docas deixou o cargo após uma gravação onde ele ataca a presidente Dilma com palavras ofensivas foi divulgada.
Publicado em 22/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:46
Após uma gravação em que ofende a presidente Dilma Rousseff com palavras de baixo calão durante uma reunião sindical ser divulgada, o diretor-presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jácome Sarmento, colocou seu cargo à disposição do governo ontem. Quem também deixou o governo ontem foi o presidente da PBGás, Franklin Araújo.
Wilbur Jácome Sarmento encaminhou carta ao governo justificando sua decisão, que foi integralmente acatada. O governador Ricardo Coutinho já havia autorizado a convocação de Assembleia Geral para destituição do ex-presidente, mas Jácome tomou a decisão antes e pediu para deixar o cargo.
Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, o vice-presidente da Docas, Antonio Ricardo, assumirá interinamente a presidência da companhia enquanto o governador escolhe o novo gestor do órgão.
Uma gravação apresentada pelo deputado estadual Anísio Maia (PT) na Assembleia Legislativa mostrava o presidente da Companhia Docas da Paraíba referindo-se à presidente Dilma Rousseff com palavras ofensivas e de baixo calão.
As declarações do gestor geraram a revolta de movimentos de defesa dos direitos da mulher. A Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa emitiu uma em que externava “profunda indignação com as declarações proferidas pelo presidente da Companhia Docas da Paraíba” e consideraram que os ataques não foram à presidente Dilma, mas um atentado a todas as mulheres do país.
O governo do Estado, em nota, rechaçou o conteúdo das declarações que tivessem caráter ofensivo e pessoal contra a presidente, e que não endossa qualquer manifestação dos integrantes do governo que transponham “o limite do debate administrativo e político”.
Em sua carta de demissão, Wilbur justifica sua saída informando que a decisão se deu por “motivos pessoais e com o único objetivo de manter a estabilidade institucional da Companhia e do governo do Estado”.
FRANKLIN ARAÚJO
O presidente da PBGás, Franklin Araújo, também entregou seu cargo na empresa na manhã de ontem. Ele entregou sua carta de desligamento para o presidente do Conselho Administrativo da empresa, o secretário de Infraestrutura do Estado, Efraim Morais.
Franklin Araújo explicou que seu desligamento da PBGás tem motivações pessoais, e não políticas, e que já tinha comunicado ao governador durante a semana sobre sua decisão. “Eu estou querendo voltar a atuar na iniciativa privada. Respeito posicionamentos políticos de todos, guardo grande amizade com o governador Ricardo, mas meu desligamento é uma escolha pessoal, e não política”, explicou.
O presidente do Conselho Administrativo da PBGás, o secretário de Infraestrutura do Estado, Efraim Morais, revelou que o ato de desligamento de Franklin só será oficializado na próxima segunda-feira, quando o Conselho se reunirá para discutir o assunto.
“É importante frisar que o Conselho não tem autonomia para escolher o próximo presidente. Esta decisão cabe aos acionistas, no caso, o governo do Estado, a Petrobras e a Mitsui”, explicou.
Franklin Araújo assumiu a presidência da PBGás em maio do ano passado. Ele já havia ocupado a Secretaria de Planejamento durante o governo de Cássio Cunha Lima e a presidência da Cagepa. Ele estava trabalhando na Candeias Energia S.A., no Estado da Bahia antes de aceitar o cargo na PBGás.
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