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POLÍTICA

Xeque-Mate: Lucas Santino confirma que Leto comandava esquema em Cabedelo

Outros quatro colaboradores ainda devem ser ouvidos nesta segunda-feira (1º).

Publicado em 01/07/2019 às 14:52 | Atualizado em 02/07/2019 às 9:34


                                        
                                            Xeque-Mate: Lucas Santino confirma que Leto comandava esquema em Cabedelo
Foto: divulgação/TJPB

				
					Xeque-Mate: Lucas Santino confirma que Leto comandava esquema em Cabedelo
Réus da Operação Xeque Mate estão sendo ouvidos nesta segunda-feira (1º), em Cabedelo. Foto: divulgação/TJPB. Foto: divulgação/TJPB

O ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Cabedelo, Lucas Santino da Silva, revelou em detalhes o esquema criminoso investigado pela Operação Xeque Mate e afirmou que o ex-prefeito Leto Viana é quem comandava a organização criminosa. As declarações foram prestadas em juízo, por meio de depoimento ao juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, da 1ª Vara da Comarca de Cabedelo, na manhã desta quarta-feira (1º).

Lucas Santino da Silva detalhou o esquema ao ser indagado pelos representantes do Ministério Público se ele fazia parte de uma organização criminosa. Ele respondeu categoricamente que sim. Segundo ele, o ex-prefeito liderava a quadrilha. "Ele fazia um levantamento de quem poderia vencer como vereador e investia na campanha dessas pessoas, mas exigia a assinatura de uma carta denúncia, Assim, em caso de vitória, Leto Viana tinha o poder de barganha na Câmara dos Vereadores e na Prefeitura Municipal”, revelou Lucas Santino. O ex-vereador disse, ainda, que o investimento em algumas campanhas para vereador de Cabedelo ultrapassava R$ 1 um milhão.

A audiência faz parte da etapa de instrução e julgamento do processo principal que envolve nove réus da ‘Operação Xeque-Mate’. A sessão está acontecendo no Fórum da Unidade Judiciária. Ainda serão ouvidos nesta segunda-feira outros quatro colaboradores – réus de outros processos da mesma operação – e os denunciados nesta ação penal. Ainda serão ouvidos na condição de colaboradores José Ediglei Ramalho, Rosildo Pereira de Araújo Júnior, Olívio Oliveira dos Santos e Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho.

Dos nove réus da audiência desta segunda-feira, respondem ao processo em liberdade os denunciados Marcos Antônio Silva dos Santos, Leila Maria Viana do Amaral, Jaqueline Monteiro Franca (ex-presidente da Câmara dos Vereadores e esposa de Wellington Viana), Adeildo Bezerra Duarte Figueiredo da Silva. Já os réus Wellington Viana França (Leto Viana, ex-prefeito de Cabedelo), Antônio Bezerra do Vale Filho, Lúcio José do Nascimento Araújo e Tércio de Figueiredo Dornelas Filho estão presos.

A audiência teve início na quinta-feira (27) e foi interrompida, depois da oitiva de cinco testemunhas do Ministério Público e 13 testemunhas da defesa. As demais testemunhas foram dispensadas, tanto pela acusação, quanto pela defesa. “Hoje, vamos ouvir, em um primeiro momento, os réus colaboradores. Na sequência, em sendo possível, pelo adiantado da hora e pelas circunstâncias que possam surgir, vamos colher os interrogatórios dos réus”, adiantou o juiz Henrique Jácome. Conforme o magistrado, mais cinco denúncias oferecidas pelo Ministério Público sobre a ‘Operação Xeque-Mate, já foram recebidas pela Justiça.


				
					Xeque-Mate: Lucas Santino confirma que Leto comandava esquema em Cabedelo
Cinco colaboradores, incluindo Lucas Santino, serão ouvidos na audiência desta segunda-feira (1º). Foto: divulgação/tjpb. Foto: divulgação/tjpb

Denúncia

Os acusados, segundo as denúncias, integravam uma organização criminosa no Município de Cabedelo que teria sido responsável por vários episódios criminosos, dentre eles a compra e venda do mandato do ex-prefeito José Maria de Lucena Filho (Luceninha) e a sua consequente renúncia ao cargo; irregularidades na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, com contratação de servidores fantasmas; e esquema de recebimento de dinheiro desviado do salário dos servidores municipais.

Constam ainda nas acusações outras irregularidades, como o financiamento de campanha de vereadores; atos de corrupção envolvendo a avaliação, doação e permuta de terrenos pertencentes ao erário municipal, que beneficiava diversas empresas, bem como ações ilícitas para impedir a construção do Shopping Pátio Intermares, com a distribuição de valores ilícitos para vereadores, com atuação pessoal de Leto Viana.

Imagem

Angélica Nunes

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