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Sertão futurista: filme cyberpunk 'Extinção' é produzido na PB
'Extinção' conta história de pessoas que buscam por Saruê, um lugar mitológico, no Sertão. Filme cyberpunk é gravado em São José de Piranhas.
Publicado em 02/03/2023 às 20:16
O filme distópico cyberpuk 'Extinção' está sendo produzido no Sertão da Paraíba, em São José de Piranhas. Dirigido por Eriko Renan e Maycon Carvalho, a produção conta a história de pessoas que se arriscam no meio do deserto poluído do sertão, em busca de Saruê, um lugar mitológico.
'Extinção' une os aspectos do cenário sertanejo à estética cyberpunk, mostrando que Sertão e contemporaneidade não são opostos e que a ideia de futurismo não precisa abrir mão de elementos importantes da cultura de um lugar, mantendo assim a identidade própria.
"Sempre penso em colar em meus filmes a estética de um sertão contemporâneo... daquele que tem influência de um monte de coisas e lugares, mas com identidade própria, do que sabe transitar entre esses processos sem se contaminar. É sobre futuro, mas é como enxergamos ele", explicou o diretor Maycon Carvalho.
Já o diretor Eriko Renan acredita que 'Extinção' combate estereótipos sobre o Sertão nordestino. "As referências citadas trazem sim uma ideia compartilhada, de mostrar o nordeste e seu povo com a força e valorização que merece. Para nós que fazemos a direção da extinção, assim como acredito, para os realizadores que passam pelos mesmos corres que passamos, é essência fazer esse combate ao estereótipo, seja indireto ou direto".
O filme está previso para estrear em abril, mas a data e local ainda não foram confirmados.
Enredo de 'Extinção'
A obra mistura elementos do cyberpunk com a estética futurista apocalíptica, evidenciando a desigualdade social causada peladeterioração do meio ambiente. Como o gênero propõe expor aspectos distorcidos de uma realidade, foi criada uma atmosfera inesperada para o sertão nordestino, onde há plataformas de lançamento de foguetes em meio à desertificação e poeira tóxica. A grande corporação que governa a humanidade é a Cattle Space Corporation, que executa voos para fora da terra em direção da Arca, estação orbital criada para resguardar a elite do colapso ambiental.
Dentro do universo o hacker/cracker busca a vulnerabilidade do sistema, assim sendo, a nossa especialista é Gina, que após as mudanças climáticas fixou-se em um bunker, construiu uma rede de conexão com o mundo exterior e de dentro do confinamento crackea o sistema para obter benefícios para o grupo de resistência sobreviver ao mundo catastrófico.
O grupo de resistência tem como objetivo executar o plano 'Extinção' que é destruir a Cattle Space Corporation. Depois de executar o plano o grupo seguirá para Saruê – um paraíso mitológico.
O lugar que traz um sertão verde, abundante em água e repleto de biodiversidade. Para isso, Sem Rosto vaga pelo sertão, na tentativa de encontrar as coordenadas do caminho para a Saruê. As coordenadas são encaminhadas para Tebas, a mente-computador que mantém um trabalho diário em cima de cálculos na busca das coordenadas para Saruê.
O filme é produzido com recursos do edital “Parrá (Severino Ramos de Oliveira)” de 2021 e apoios da Secretaria de Estado da Cultura, Prefeitura Municipal de São José de Piranhas e Lei Aldir Blanc do Estado da Paraíba.
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