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SAÚDE

Apuração sobre morte de mulher que teve útero retirado após bebê morrer no Isea é prorrogada

Esta é a segunda vez que a investigação municipal é prorrogada. Dessa vez, o prazo acaba em 19 de junho.

Publicado em 20/05/2025 às 15:19


				
					Apuração sobre morte de mulher que teve útero retirado após bebê morrer no Isea é prorrogada
Casco aconteceu no Isea em Campina Grande. Foto: Leonardo Silva/Arquivo.

A sindicância feita pela prefeitura de Campina Grande para investigar as causas da morte de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, de 38 anos, foi prorrogada por mais 30 dias. A paciente morreu menos de um mês depois de ser atendida no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), de ter o útero retirado e o bebê dela morrer no momento do parto.

Esta é a segunda vez que a investigação municipal é prorrogada. Dessa vez, o prazo acaba em 19 de junho. Já o período da primeira prorrogação chegou ao fim na semana passada.

A prorrogação foi oficializada por meio de uma portaria publicada em uma separata do Semanário Municipal de Campina Grande, nesta terça.

Por outro lado, a previsão da equipe jurídica do município é que a emissão do relatório final da investigação aconteça antes do fim do prazo da prorrogação. O jurídico do município também destacou que a ampliação foi necessária por conta do período de luto do marido de Maria Danielle, Jorge Elô, que foi o último ouvido.

A Polícia Civil e outros órgãos seguem investigando a suspeita de negligência médica, mas não há resultados até o momento.

Na época em que Danielle perdeu o bebê e teve o útero retirado, a gestão anunciou o afastamento dos profissionais que atenderam a gestante.

O Ministério Público da Paraíba afirmou que está aguardando o resultado das sindicâncias da Secretaria Municipal de Saúde, do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) que foram solicitadas dentro do procedimento instaurado.

O Jornal da Paraíba não conseguiu contato com a Polícia Civil da Paraíba para saber como estão as investigações. Até o dia 11 de abril, o delegado Renato Leite, responsável pela investigação, declarou que os médicos do Isea foram ouvidos, restando apenas a oitiva da equipe de enfermagem e dos técnicos. Os exames periciais também ainda não estavam prontos.

O caso foi denunciado nas redes sociais pelo marido de Danielle, Jorge Elô, que afirmou que o filho do casal morreu na maternidade após a mãe ter recebido uma superdosagem de um medicamento para induzir o parto, ocorrido no início de março.

No dia de sua morte, Maria Danielle sofreu uma dor de cabeça intensa, começou a gritar e caiu. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu a mulher e a levou ao Hospital Pedro I, onde ela não resistiu e faleceu ainda na tarde do mesmo dia. Danielle havia se recuperado recentemente de uma cirurgia e recebido alta dois dias antes.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Campina Grande, ela foi internada com sinais de um possível Acidente Vascular Cerebral hemorrágico e, apesar dos esforços médicos, não sobreviveu.


				
					Apuração sobre morte de mulher que teve útero retirado após bebê morrer no Isea é prorrogada
Jorge Elô é marido de Danielle, mulher que morreu após perder filho e útero.. Reprodução/Instagram (@jorge.elo)

Entenda o caso

O marido de Danielle denunciou nas redes sociais que o filho morreu na maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, após a mãe da criança receber uma superdosagem de um medicamento para induzir o parto. Segundo ele, a complicação também levou à retirada do útero da gestante.

Segundo o pai da criança, Jorge Elô, a mulher deu entrada na unidade hospitalar no último dia 27 de fevereiro. Na manhã do dia seguinte, exames indicaram a viabilidade de um parto vaginal, e a equipe médica iniciou a indução com comprimidos intravaginais.

Naquele momento, souberam que o mesmo médico que realizava o pré-natal particular da gestante estaria de plantão naquela noite no ISEA. Na madrugada do dia 1º de março, o médico substituiu a medicação por uma intravenosa, intensificando as contrações.

Por volta das 6h daquele dia, segundo relato do pai, duas enfermeiras do hospital atenderam a mãe da criança. Uma constatou que a cabeça do bebê já estava coroada, enquanto a outra aumentou a dosagem da medicação sem, segundo ele, consultar o médico.

Parto aconteceu na maternidade do Isea, em Campina Grande

“Ela começou a vomitar e a tremer de frio. Ao procurarmos ajuda, ouvimos que era ‘normal’. Desesperada, [a vítima] implorou para não ficar sozinha, mas as profissionais a abandonaram, alegando ter outras gestantes para atender. Nosso médico de confiança havia ido embora do plantão sem sequer nos ver”, afirmou nas redes sociais.

Ainda de acordo com Jorge Elô, o trabalho de parto parou de evoluir, e as profissionais teriam culpado Danielle por não ter “colaborado”. O pai relatou que, minutos depois, elas teriam forçado a mulher a fazer força, mas ela desmaiou e estava sem pulso. Nesse momento, a levaram às pressas para a cirurgia.

Em entrevista à rádio CBN João Pessoa, o pai da criança afirmou que, após sua esposa ser levada para a sala de cesárea, ficou sem notícias sobre o que estava acontecendo. Quando finalmente entrou no local, viu a equipe médica retirando o bebê já sem vida e segurando o útero da mãe.


				
					Apuração sobre morte de mulher que teve útero retirado após bebê morrer no Isea é prorrogada
Foto: divulgação/CRM-PB.

‘Confiava estar segura’, diz marido

Jorge Elô, marido de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, que morreu após um parto no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em que perdeu o bebê e o útero, disse que ela estava confiante por saber que seria atendida pelo médico que havia acompanhado a gestação. “Chorou ao ver o médico, disse que confiava estar segura”.

A afirmação foi feita em uma carta aberta, feita pelo marido de Danielle e pai do bebê para o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima. Em uma coletiva nesta quarta-feira (26), a Prefeitura de Campina Grande afirmou que a morte de Danielle não teve relação com o parto no Isea, mas com uma condição genética pré-existente.

O professor, marido de Danielle e pai do bebê, começa a carta falando que a esposa teve um trombo aos seis meses de gestação. Ele ressalta que, no entanto, que a gestante foi bem acompanhada e medicada pelo mesmo médico que fez o parto.

Jorge Elô continua a carta contando que no dia 25 de fevereiro, três dias antes do parto, o casal foi ao médico, em uma consulta particular, e estava tudo bem com o bebê e com a gestante.

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Jornal da Paraíba

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