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SAÚDE

Cafeína: endocrinologista alerta para os riscos do uso excessivo entre praticantes de exercício físico

Mário Coutinho explica que o consumo moderado faz bem, mas avisa que é muito fácil exagerar. Pessoas podem apresentar problemas cardiológicos, ansiedade e depressão. Em casos mais graves, podem morrer.

Publicado em 03/03/2022 às 12:22 | Atualizado em 03/03/2022 às 14:26


                                        
                                            Cafeína: endocrinologista alerta para os riscos do uso excessivo entre praticantes de exercício físico
Foto: wirestock/Freepik

Repercutiu em todo o mundo a história de um personal trainer galês que morreu de overdose após ingerir uma alta dose de cafeína. Mas o caso pode ser bem mais comum do que se pensa. O endocrinologista paraibano Mário Coutinho explica que o consumo leve e moderado da substância é comprovadamente benéfico para o corpo humano, mas que quantidades exageradas podem provocar efeitos colaterais graves e até mesmo a morte. E que problemas de saúde provocados pelo consumo exagerado de cafeína são comuns na Paraíba.

De acordo com ele, uma xícara de café expresso, por exemplo, possui em média 60mg de cafeína, uma lata de energético possui 80mg e cápsulas usadas por praticantes de exercícios físicos chegam a ter 400mg. Assim, é preciso muito cuidado antes de começar a ingerir a substância porque existe uma "dose fatal" que não pode ser atingida sob hipótese alguma. "Se a pessoa ingerir muita cafeína de uma vez só, pode desencadear uma série de problemas", alerta.

Alguém que não pratica exercícios físicos pode tomar até três xícaras de expressos por dia, enquanto que praticantes de exercícios físicos, que querem obter "ganhos termogênicos" durante os treinos, podem chegar a um limite de 400mg diários.

O consumo de cafeína ajuda a aumentar o metabolismo, a queimar mais caloria, a render mais no treinos. Então, na medida certa, pode ser benéfico", explica Mário Coutinho.

Ainda assim, ele alerta que esse consumo vai depender de caso para caso, porque questões como idade e peso vão interferir na medida máxima.


				
					Cafeína: endocrinologista alerta para os riscos do uso excessivo entre praticantes de exercício físico
Mário Coutinho, endocrinologista paraibano. Mário Coutinho, endocrinologista paraibano

"Não tem como precisar uma dose ideal que tenha validade para todas as pessoas. Um idoso, por exemplo, não pode chegar nem perto dessa quantidade de 400mg", prossegue.

Para ele, portanto, é fundamental que as pessoas procurem um médico antes de começar a ingerir doses maiores de cafeína. E, antes, precisam passar por uma rigorosa avaliação cardiológica, já que o alto consumo de cafeína pode levar a problemas cardiológicos de diferentes níveis de gravidade. Em alguns casos, pode desencadear também problemas como ansiedade e depressão.

Outro alerta que o médico faz é com relação ao consumo à noite. Mário explica que isso pode prejudicar o sono, o que provocará efeito inverso ao de quem busca melhorias no condicionamento físico. "O consumo de cafeína perto da hora de dormir pode dificultar o descanso. Mesmo que a pessoa consiga dormir, não terá um sono 100% reparador".

O grande problema é que, visto que de fato a cafeína melhora o desempenho físico, as pessoas acabam querendo cada vez mais. O que pode ser fatal. "As pessoas se empolgam e abusam. É muito fácil exagerar". Ele conta que já atendeu muito paciente com taquicardia e com ansiedade por causa do consumo excessivo de cafeína, mas destaca que os casos mais graves vão para o cardiologista.

"É algo muito comum mesmo", pontua, completando que, mesmo assim, a maioria das pessoas com problemas sequer procuram o médico, visto que os sintomas a princípio são leves.

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Jornal da Paraíba

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