SAÚDE
Quando suspeitar que meu filho tem cardiopatia congênita?
Um em cada 100 bebês nascem com problemas no coração. Em casos mais graves, a criança pode necessitar de cirurgia logo após o nascimento e em outros casos é feito apenas tratamento clínico. O diagnóstico ainda durante o pré-natal aumenta chance de cura.
Publicado em 29/09/2021 às 16:39 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:36

A cada 100 bebês que nascem, um tem cardiopatia congênita.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se em 29 mil o número de crianças que nascem com cardiopatia congênita todos os anos. O pior é que muitas delas morrerão antes de completar um ano de idade.
A cardiopatia congênita é uma doença que acompanha o portador desde o nascimento. Ela é secundária a uma alteração no desenvolvimento no coração do embrião que se forma até a oitava semana de gestação.
Causas
Inicialmente, entre os possíveis fatores de causas da doença estão algumas condições maternas, como diabetes mellitus, hipertensão, lúpus, infecções como a rubéola e a sífilis, uso de medicamentos e drogas e histórico familiar. Pais e mães portadores de cardiopatias congênitas apresentam uma chance duas vezes maior de gerar um bebê cardiopata.
O bebê que tem problemas no coração pode apresentar sintomas de insuficiência circulatória e respiratória, o que pode pôr em risco sua vida.
Estima-se, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que cerca de 130 milhões de crianças no mundo tenham algum tipo de cardiopatia congênita. Uma relação de um caso a cada cem nascimentos, segundo a American Heart Association, chegando a 1,35 milhão de doentes por ano.
Atendimento especializado
Presentes desde o nascimento, as cardiopatias congênitas podem passar despercebidas e serem diagnosticadas mais tarde, já na idade adulta.
Muitas mães só descobrem que seu bebê tem algum problema no coração após o nascimento quando o Teste do Coraçãozinho é realizado. Esse exame deve ser feito nos primeiros dias de vida da criança, ainda na maternidade. O teste é feito com um oxímetro, que mede o nível de oxigênio no sangue do bebê e seus batimentos cardíacos – é um exame de baixo custo, rápido, não invasivo, indolor e obrigatório, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ecofetal poderia aumentar o dignóstico de cardiopatia congênita
Contudo, o diagnóstico pode ser feito ainda durante a gestação, por meio do ecocardiograma fetal, único exame capaz de detectar uma cardiopatia congênita enquanto o bebê ainda está na barriga da mãe, feito entre 21 e 28 semanas de gestação. Esse diagnóstico ainda na gravidez pode salvar muitas vidas, pois algumas cardiopatias precisam de intervenção e centro especializado assim que o bebê nasce.
Por isso, o acompanhamento médico no pré-natal é importante para o diagnóstico, caso existam fatores que levantem a suspeita clínica de problemas cardíaco-fetais. O ultrassom morfológico também pode apontar indícios de cardiopatia.
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