SAÚDE
Casos de febre oropouche na PB passam de 8 para mais de 600 entre 2024 e 2025
Dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O aumento foi de 8.050% de um ano para o outro.
Publicado em 07/10/2025 às 19:45 | Atualizado em 07/10/2025 às 20:49

Casos de febre oropouche aumentaram na Paraíba na comparação de dados entre todo o ano de 2024 e outubro 2025, no boletim epidemiológico de arboviroses divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta terça-feira (7). Não houve mortes em decorrência da doença.
De acordo com o boletim, até outubro de 2025 foram registrados 652 casos, enquanto em todo o ano de 2024 foram registrados 8 casos pela doença. O boletim informa que 66.56% dos casos totais da doença foram registrados na cidade de Bananeiras, no Brejo da Paraíba, ou seja 434 casos na cidade. Outras cidades da região também tiveram casos registrados da Febre Oropouche.
Em relação aos dados de mulheres gestantes confirmadas com Febre Oropouche, o boletim apontou que 17 foram confirmadas com a doença, mas já se recuperaram. Dos casos confirmados de Oropouche, 53,4% são do sexo feminino. A faixa etária predominante está entre 20 e 29 anos.
As cidades de Alagoa Nova, Matinhas e Campina Grande também aparecem entre os locais com mais casos da febre no estado.
O que é Febre Oropouche
A febre é transmitida pelos insetos do gênero Culicoides, o mais conhecido é o maruim. De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.
Os primeiros sintomas aparecem entre 3 e 8 dias após a picada do inseto. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, e o vírus permanece no sangue da pessoa infectada por 2 a 5 dias após o início dos primeiros sintomas.
Não há tratamento específico disponível para a doença. Os medicamentos prescritos podem auxiliar no alívio dos sintomas, como analgésicos para as dores e antitérmicos para controlar a febre, mas não atuam na causa da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, há casos confirmados de transmissão do vírus Oropouche da mãe gestante para o feto, mas ainda não é possível estabelecer a frequência com que isso ocorre.
Casos de dengue, chikungunya e zika na Paraíba
Em termos de números de casos suspeitos por dengue houve uma redução no último levantamento, na comparação com a análise feita de janeiro a outubro de 2024 com o mesmo período em 2025. Foram 6.555 casos prováveis de dengue até outubro e uma reducação de 49,93%.
Já para os casos prováveis de chikungunya, houve uma redução de 64,35%, também comparados ao mesmo período do ano anterior. E para os casos prováveis de zika, uma redução de 79,52%. Foram registrados ainda 652 casos de Oropouche.
Sobre as mortes por chikungunya, houve o registro de dois óbitos até outubro. Não houve registro de óbitos por zika.
A chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis, Fernanda Vieira, disse que, embora tenha havido essas reduções em relação ao ano passado, a recomendação é de que as precauções sejam tomadas em relação aos mosquitos que transmitem. “ Mas o nosso objetivo é que esses números caiam ainda mais e, para isso, precisamos continuar na luta contra o Aedes aegypti - mosquito transmissor das arboviroses”, destacou.
Mortes por dengue na Paraíba aumentaram
A Paraíba registrou duas novas mortes por dengue, de acordo com o boletim epidemiológico de arboviroses do mês de outubro.
De acordo com o levantamento, o novo boletim registrou seis óbitos no estado. Em setembro, a SES apontou quatro mortes por dengue, que considerou o período de janeiro a agosto deste ano. Todos os óbitos foram registrados nas cidades de João Pessoa, com quatro, São Domingos do Cariri e Solânea, respectivamente com um óbito cada.
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