icon search
icon search
home icon Home > saúde
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

SAÚDE

Famílias paraibanas encontram dificuldades no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com autismo

Diagnóstico do Transtorno do Espectro Austista (TEA) de forma precoce é o mais recomendado por especialistas. 

Publicado em 28/03/2023 às 17:43


                                        
                                            Famílias paraibanas encontram dificuldades no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com autismo
Famílias paraibanas encontram dificuldades no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com autismo. Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Diversas famílias paraibanas passam por dificuldades no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com autismo. Em média, na Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), um dos locais que emitem esse tipo de documentação, os laudos para conferir às pessoas com autismo demoram cerca de um ano. 

Em entrevista à TV Cabo Branco, Váltercya Antinho, mãe do menino Gustavo, que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), relatou que o período para conseguir um laudo na Funad foi de um ano. “É um processo longo no início, já pra conseguir uma triagem e pra conseguir um acompanhamento, a fila de espera é extensa”, explica.  

À nível pessoal, Váltercya conta que isso acaba afetando a própria criança com autismo, já que um dos problemas que a condição traz é a comunicação mais difícil. “É dificultoso pra gente, porque eu mesmo nunca ouvi ‘mamãe’ do meu filho, a comunicação com ele é difícil. Pra pedir água, ele pega na minha mão e me leva à geladeira, para mudar o canal na TV ele pega e me dá o controle. Quando não conseguimos detectar o que ele quer, aí vem as crises”, conta. 

A assessora técnica da Funad, Alice Santos, falou em entrevista à TV Cabo Branco sobre essa realidade que não somente Váltercya e o próprio filho vivem, mas também que outras famílias passam. Ela explicou como funciona o passo a passo de quem requer o atendimento na instituição. 

“Aqui na Funad, o usuário quando vem pela primeira vez, ele passa por um assistente social, por uma pré-triagem, quando é feita uma primeira escuta, e aí ele segue para uma avaliação multiprofissional até que receba o laudo”, disse. 

Em relação ao tempo que é levado para o laudo do TEA ser emitido, a assessora ressaltou que isso pode variar a depender do paciente e do caso. “Temos casos que o laudo saiu em até um ano, ou até seis meses, mas tudo vai depender muito de cada caso. Temos situações que o diagnóstico vai ser menos complexo, então a equipe multiprofissional consegue fechar o diagnóstico mais cedo”, conta. 

Em contrapartida, Alice também disse que em casos mais complexos, a emissão do laudo pode demorar mais, para manter uma segurança em relação à condição do paciente. “Alguns casos o diagnóstico é mais complexo, então ele requer um retorno, uma aplicação de outro teste. Em caso de divergência de diagnóstico, esse usuário precisa passar por outro profissional, então isso acaba tornando isso mais demorado”, explica. 

Atualmente, a Funad atende 400 pessoas com TEA na Paraíba. No entanto, outras 800 pessoas ainda aguardam por esses atendimentos na fila de espera da instituição. 

De acordo com o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no estado existe a estimativa de que 4.900 pessoas sejam diagnosticadas com a condição. 

A Funad é apenas um dos locais que oferecem este tipo de atendimento para pessoas com transtorno do espectro autista. Outros 13 locais na Paraíba estão credenciados e são mantidos pelo governo do estado ou prefeituras, como o Centro de Referência Multiprofissional de Doenças Raras, no bairro dos Bancários, em João Pessoa. 

Na instituição, uma vez por semana, cerca de 12 pessoas passam por atendimento para obter um laudo da condição. 

Uma das pessoas beneficiadas com isso foi Wedja Trajano, mãe de Wedson, menino com autismo, que contou à TV Cabo Branco que passou seis anos para conseguir o laudo para o próprio filho. 

“Passei seis anos tentando conseguir o laudo, para conseguir as terapias do meu filho e ter uma interação dele na sociedade, porque é muito difícil, ficamos em um mundo sem saber para onde ir, porque escola cobra, professora cobra”, relata. 

Diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA)  

A neurologista infantil, Laura Schulz contou à TV Cabo Branco que é muito importante o uso da informação para que mais pessoas possam ser diagnosticadas com a doença e tenham uma vida melhor. “A principal coisa a se fazer seria a informação, lutar pela inclusão, educar as crianças para conseguir identificar um coleguinha diferente e conseguir abraçar aquela criança”. 

“Hoje em dia, esse aumento (no diagnóstico) se dá devido a informação. Antigamente, era uma criança estranha, que não tinha nenhum nome pra isso, hoje em dia é o TEA”, explica. 

Sobre o caminho para se diagnosticar a condição, a neurologista disse que existem várias formas para se conseguir um laudo. “O ideal é sempre ter uma equipe multidisciplinar para auxiliar aquela criança, mas quem pode dar o laudo é o pediatra do neurodesenvolvimento ou psiquiatra infantil. Caso não consiga no SUS, pode sim pagar particular”. 

Além disso, a neurologista destacou que o autismo não é doença e sim uma condição. “O autismo é uma condição, não doença. Autismo quer dizer olhar para si, então as crianças vão ter dificuldade de interagir com as pessoas, iniciar e manter relacionamentos, não conseguir ter reciprocidade emocional e outros padrões de comportamento”.  

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp