SAÚDE
Febre maculosa: transmissão, sintomas e riscos
Quarenta e nove casos foram registrados no Brasil, e desse total seis casos evoluíram para a morte.
Publicado em 14/06/2023 às 13:21
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria do gênero Rickettia, transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2023 foram registrados 49 casos no Brasil, e desse total, seis pacientes evoluíram para a morte. Entenda a transmissão, os sintomas e os riscos da febre maculosa.
Transmissão da febre maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida pela picada do carrapato estrela, que na fase adulta é marrom e tem o tamanho de um feijão verde. O parasita depende de sangue de outros seres para sobreviver. Seus hospedeiros podem variar de região para região, podendo ser encontrado em cachorros, gatos, cavalos, bois e capivaras, que são os mais comuns.
A doença não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato.
Sintomas e riscos da febre maculosa
Os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Em humanos, a enfermidade caracteriza-se por febre e máculas (manchas) vermelhas no corpo. Além disso, há sinais de fraqueza, dor de cabeça, muscular e nas articulações, tudo de início súbito.
Se não for tratada, a doença pode levar à morte rapidamente. Se diagnosticada rapidamente e tratada com antibiótico nos três dias iniciais de manifestações clínicas, a doença tem cura. Porém, depois que a bactéria se espalha pelas células que formam os vasos sanguíneos, o caso pode se tornar irreversível.
A prevenção da doença se baseia em não ter o contato com o aracnídeo infectado e se o paciente entrar em uma área silvestre ele deve usar uma vestimenta que proteja seu corpo, como camisa de manga longa, calças, meias longas e calçados. Caso haja o contato com o animal, é recomendado o tirar com cautela com o auxilío de uma pinça evitando que o mesmo seja esmagado.
Febre maculosa no Brasil
Ao longo de 2023, já foram registrados 49 casos. Sendo 25 desdes registrados na Região Sudeste: oito no Espírito Santo, sete em São Paulo, seis no Rio de Janeiro e quatro em Minas Gerais. Em comparação com 2022, foram registrados 190 casos, com 70 mortes.
Campinas, São Paulo
Na noite desta terça-feira (13), o instituto Adolfo Lutz, que é vinculado à Secretária de Estado da Saúde de São Paulo, confirmou três óbitos causados pela febre maculosa em pessoas que contraíram a doença em Campinas, no interior de São Paulo.
Os óbitos de uma mulher de 28 anos e outra de 36 e um homem de 42 foram registradas no último dia 8. As mesmas pessoas estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, em 27 de maio, e passaram apresentar os sintomas da doença.
Uma adolescente de 16 anos, que também esteve no evento, em Campinas, e estava internada com sintomas da doença, teve a morte confirmada na noite de terça-feira (13).
A prefeitura de Campinas, em nota, destacou que o município é uma área endêmica de febre maculosa e que a Secretária de Saúde municipal tem cumprido sua responsabilidade de alerta da população sobre os riscos e a prevenção da doença.
Ainda de acordo com a prefeitura, depois de ser notificada dos casos, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) do município desencadeou uma série de ações para prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida.
Ações do Ministério da Saúde
A pasta informa que distribui aos estados os antibióticos específicos indicados para o tratamento de febre maculosa e promove ações de capacitação direcionadas às vigilâncias regionais.
Ainda segundo o Ministério, o mesmo tem divulgado diretrizes técnicas e recomendações de condutas para os cuidados clínicos dos pacientes com suspeita da doença, de vigilância ambiental e materiais educativos para a prevenção.
*Com informações da Agência Brasil.
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