Crise de asma piora no inverno: como evitar e controlar

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo 10% da população brasileira.  As variações do clima aumentam a incidência de doenças respiratórias, como a asma, que costuma apresentar piora no inverno, segundo especialistas.

Em virtude disso, pneumologistas atentam para alguns cuidados e precauções afim de reduzir os desconfortos causados pela doença.

Segundo a pneumologista Anne Valéria, a asma é o estreitamento dos bronquíolos, que são pequenos canais de ar dos pulmões, o que acaba dificultando a passagem do ar, provocando assim contrações que comprometem a respiração, tornando-a difícil.

“Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco, aumentando o problema respiratório. Na asma, inspirar é mais fácil do que expirar, já que o ar viciado se mantém nos pulmões provocando sensação de sufoco. Nesse período chuvoso, as crises aumentam de 10% a 20%”, explicou.

Anne Valéria disse que a asma pode acometer pessoas de qualquer idade, mas a maioria dos casos é diagnosticado na infância.

“Por isso, os pais devem ficar atentos aos sintomas mais frequentes, que são falta de ar, tosse seca e chiado no peito, pois se diagnosticada logo cedo, a criança tem chances de cura. Além disso, crianças e adultos, devem se vacinar contra a gripe, pois a asma costuma se agravar com gripes e resfriados”, orientou.

Fatores de risco para quem tem asma

A médica destacou que existem alguns fatores de riscos que comprometem ainda mais os asmáticos. “No caso dos adultos, destacam-se o fumo e a exposição a produtos irritantes, como gases químicos, inseticidas e tintas, por exemplo.

Pais fumantes provocam aumento considerável da susceptibilidade nas crianças. Pólen, mofo, ácaros, fumaça de cigarro, poluentes do ar, poeiras e até determinados alimentos, como o leite e os ovos, também podem desencadear as crises. Além disso, resfriados e gripes, o estresse emocional e a prática de exercícios vigorosos podem agravar os sintomas”, detalhou.

De acordo com a pneumologista, a asma não controlada pode causar sérias complicações, se tornando uma insuficiência respiratória crônica. “Diante disso, o médico deve ser consultado na ocorrência de qualquer febre durante as crises, tosse persistente, respiração difícil, falta de ar e dor no peito, pois se não tratadas adequadamente podem resultar em deformidade no tórax, dificuldade de caminhar, subir ou descer escadas, enfim, resultará numa doença crônica”, observou.

“A asma é uma doença multifatorial, por isso há diversas formas de tratamento, sendo o corticoide inalatório a base para os demais tratamentos, como o medicamentoso, fisioterapêutico e exercícios físicos, de forma moderada”, completou.