SAÚDE
O que se sabe sobre as novas vacinas contra covid-19
Publicado em 29/11/2022 às 17:32 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:28
O que se sabe sobe sobre as novas vacinas contra covid-19? Elas devem chegar ao Brasil em dezembro.
Aumento exponencial de disseminação
A gente tem assistido ao aumento diário dos casos de covid-19 em todo país. Aqui na Paraíba, quando achávamos que a pandemia estive superada, vemos o aumento exponencial da disseminação. adoção de medidas restritivas já é discutida e todo esse cenário nos aponta para a necessidade de medidas preventivas contra a disseminação da doença.
A vacina, disponível desde janeiro de 2021 aqui no Brasil, é a medida mais eficaz até o momento, tanto para prevenção de contaminação bem como para evitar casos graves da doença. Apesar de alta cobertura vacinal para primeiras e segundas doses, aqui na Paraíba, as doses de reforço têm procura abaixo do esperado. Já estamos recomendando quarta dose, porém menos de 30% do público alvo completou todo o esquema recomendado. Quando se trata do público infantil, os dados são ainda mais preocupantes.
O coronavírus mudou muito desde 2019, quando apareceu lá na china.
Desde o início da pandemia, o vírus vem sofrendo mutações. Desde novembro de 2021, a variante que domina o mundo é a ômicron, que mudou muito em relação ao vírus originalmente descrito.
Conforme o vírus vai mudando, ele passa a ter estratégias para vencer as barreiras que a vacina promove para sua multiplicação. Tanto é, que a exemplo da vacina contra a influenza, que ano a ano é refeita, e utiliza as cepas dos vírus que mais circularam no país, os cientistas já sabiam dessa necessidade de atualizar as vacinas contra a covid-19.
Novas vacinas contra covid-19
Duas vacinas, uma da Pfizer e outra da BioNTech utilizam uma estratégia até então nova. O alvo delas é a proteína S que funciona como uma espécie de chave que possibilita que o coronavírus acesse o interior das nossas células e se multiplique.
Como as cepas mais novas têm sofrido mutações exatamente nessas proteínas, elas têm perdido a eficácia. A cada dia, elas são menos potentes contra a ômicron, apesar de continuarem nos protegendo contra internações e mortes.
No caso da vacina atualizada, ela utiliza dois pedacinhos de vírus, que entram na nossa célula e enganam o sistema imunológico que passa a produzir anticorpos contra as variantes mais antigas e as novas variantes também. Daí o nome Bivalente.
A ideia de oferecer mais um reforço com a vacina bivalente é expandir a resposta imune específica à variante ômicron e melhorar a proteção da população.
Anvisa aprova duas novas vacinas contra covid-19
Na semana passada, a Anvisa aprovou o uso emergencial de duas vacinas bivalentes aqui no Brasil. Elas são fabricadas pela Pfizer/BioNTech.
Os novos imunizantes são o bivalente BA.1 e o bivalente BA.4/BA.5, que são duas sublinhagens da variante Ômicron. Essas duas vacinas já vêm sendo usadas em outros países como Estados Unidos e na União Europeia. Na América do Sul, o Chile foi o primeiro país a incorporar o imunizante no seu esquema. No Brasil, serão usados a partir de agora como dose de reforço em maiores de 12 anos.
Novas vacinas contra covid-19 produzem o dobro da resposta imune
Assim, essas novas vacinas passam pelo mesmo processo de produção, mas, além de componentes da cepa original, também levam outros ingredientes modificados para atingir a Ômicron.
Diversos estudos clínicos já haviam demonstrado que as bivalentes conseguem produzir uma boa resposta imunológica contra as novas cepas. Num estudo publicado no New England, ela produziu o dobro de anticorpos neutralizantes contra a covid-19 e manteve a segurança das vacinas monovalentes.
Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros lotes devem chegar ao Brasil em dezembro, sendo aplicadas como reforço para pessoas maiores que 12 anos e que já completaram o esquema recomendado pelo MS com as atuais vacinas autorizadas.
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