SAÚDE
Paraíba registrou 35 internações de bebês por desnutrição em 2022
Dados são do Observatório de Saúde na Infância. Na primeira infância, a desnutrição tem maior possibilidade de mortalidade.
Publicado em 13/02/2023 às 19:04
A Paraíba registrou em 2002 um total de 35 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Os dados são do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Brasil registrou mais de 2,7 mil hospitalizações.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a desnutrição é a ingestão alimentar inadequada, que resulta em déficit de peso e de estatura e deficiência de micronutrientes.
A desnutrição primária é causada pela ingestão insuficiente de alimentos e está ligada às condições ambientais e socioeconômicas desfavoráveis. Infecções e diarreia fazem parte do quadro dessas crianças.
Na primeira infância, a desnutrição tem maior possibilidade de mortalidade, de recorrência de doenças infecciosas, de prejuízos no desenvolvimento psicomotor, além de menor aproveitamento escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta.
Por causa do alto risco de morte, as crianças com desnutrição grave devem ser diagnosticadas e necessitam de internação hospitalar até que este risco diminua. Mesmo ao serem liberadas, essas crianças precisam ser acompanhadas por trabalhadores de saúde capacitados em reabilitação nutricional.
Causas
As principais causas da desnutrição infantil incluem baixo peso ao nascer, falta de aleitamento materno, desnutrição materna, anemia da mãe e da criança, baixa escolaridade materna, renda familiar insuficiente, falta de saneamento básico, deficiências na realização do pré-natal, maior número de filhos e deficiências no acompanhamento pelos serviços de saúde das crianças que compõem o grupo de risco.
Prevenção
O Ministério da Saúde orienta que a primeira oportunidade para promover ações de prevenção da desnutrição infantil é durante o pré-natal. Também é recomendado, aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e a alimentação complementar saudável, com continuidade da amamentação até os 2 anos de idade.
Além de ações na saúde pública, é necessário outras medidas que sejam eficientes no combate à pobreza e à fome.
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