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SAÚDE

Paraíba registrou 387 novos casos de hanseníase em 2022, informa a SES

Para conter doença, Governo da Paraíba vai realizar o Janeiro Roxo.

Publicado em 13/01/2023 às 17:06


                                        
                                            Paraíba registrou 387 novos casos de hanseníase em 2022, informa a SES
Janeiro Roxo conscietiza sobre o diagnóstico da hanseníase. Foto: Freepik

A Paraíba registrou em 2022 um total de 387 novos casos de hanseníase, mantendo uma certa estabilidade com relação a 2021, quando 384 casos foram detectados. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Governo da Paraíba, que em paralelo a apresentação dos dados do Boletim Epidemiológico de Hanseníase lançou a campanha Janeiro Roxo.

A campanha tem como objetivo a conscientização sobre a doença e para destacar a melhoria na detecção de casos novos.

De acordo com informações do Núcleo de Doenças Endêmicas da SES, a Paraíba apresenta uma carga considerada média da doença, o que mostra a importância das ações de vigilância e controle no estado.

Defendendo a conscientização sobre a hanseníase na comunidade e a busca ativa de novos casos e de vigilância de contatos, a campanha neste ano pretende atuar ao longo de janeiro junto às coordenações municipais de Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária e ao lado de profissionais do Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga e da Coordenação de Saúde Prisional.

Segundo Anna Stella, coordenadora do Núcleo de Doenças Endêmicas, a busca ativa de contato de casos novos é considerada uma estratégia importante para diminuir a carga da doença nos municípios. “Não podemos esquecer da vigilância daquelas pessoas que moram com pacientes e precisam ser avaliados para a quebra da cadeia de transmissão”, observa.

Sobre o indicador de cura, Anna Stella reforça que esse foi satisfatório em 2022 em apenas três regiões de saúde. Ela pontua que esses valores mostram a necessidade de fortalecer ações de vigilância e de um monitoramento adequado que venham garantir a efetividade do tratamento e a adesão do paciente ao programa de controle da hanseníase.

A SES lembra que a hanseníase tem cura, mas que o tratamento é longo e pode durar entre seis e 12 meses. Isso aumenta o risco de abandono do uso do medicamento.

A programação da campanha envolve a qualificação dos agentes comunitários de saúde para preparação, sensibilização e buscas de casos, qualificação de médicos e enfermeiros da atenção primária, reinauguração da oficina de calçados do Hospital Clementino Fraga; e o Dia H, uma campanha educativa para busca ativa de casos nos municípios, que será realizado no dia 31 de janeiro.

A hanseníase é uma doença crônica, de notificação compulsória, que atinge preferencialmente a pele e nervos periféricos e pode causar lesões neurais devido ao seu alto poder incapacitante. A transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores por meio de contato próximo e prolongado com pessoas doentes e sem tratamento.

Os principais sintomas são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, sem pelos e que não coçam, com alteração de sensibilidade e de força muscular. Pode surgir dor e sensação de choque, formigamento e dormência ao longo dos nervos dos braços e das pernas. Para o controle da doença e interrupção da cadeia de transmissão é imprescindível que sejam realizados diagnóstico precoce, tratamento regular e avaliação de contatos.

O tratamento é realizado em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a medicação é oferecida pelo SUS de forma gratuita. Ao iniciar o tratamento, a carga bacilar da doença diminui de forma gradativa e o paciente deixa de transmitir a doença para outras pessoas.

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Jornal da Paraíba

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