SAÚDE
Variante Delta na Paraíba: o que muda com a chegada da nova mutação?
Publicado em 01/09/2021 às 11:16 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:41
Apesar da vacinação ter avançado a passos largos na Paraíba, o que muda com a chegada da delta por aqui?
A Paraíba já vacinou 80% da população adulta com pelo menos uma dose ou dose única, o equivalente a 59,24% da população total do estado.
A princípio, isso parece ótimo. Mas não é o suficiente!
>> Variante Delta já tem circulação comunitária na Paraíba, e estado registra primeira morte
O nosso alerta nesse momento é prudência
A circulação da variante Delta já é considerada comunitária aqui no Estado. De acordo com a secretaria da Saúde do Estado, o vírus já contaminou pessoas de pelo menos 12 cidades.
O que muda com a chegada da Delta é que aquele sentimento que a pandemia acabou fica um pouco de lado.
Ainda mais agora, as medidas de distanciamento devem ser retomadas e mais que nunca é importante lembrar da importância da vacinação completa.
Para entender melhor:
Transmissão local - todos os casos são de pessoas que se infectaram com Covid-19 e não estiveram em nenhum local com a doença, mas mantiveram contato com infectado.
Resumindo: Nesse caso, ainda é possível mapear a contaminação e tentar bloqueios de circulação do vírus.
Transmissão comunitária - os casos de transmissão do vírus ocorre de forma exponencial na população.
Aqui, um paciente infectado que não esteve nos locais com registro da doença transmite a doença para outra pessoa, que também não viajou.
Provavelmente, agora não é mais possível mapear a rota de contaminação. Então, tentar bloquear a disseminação fica mais difícil.
Contaminados com Variante Delta podem ter carga viral 300 vezes maior nos primeiros dias
Inclusive um estudo sul coreano divulgado essa semana alertou: a carga viral de uma pessoa contaminada com a variante delta é cerca de 300 vezes maior do que alguém infectada pelo vírus nativo. Portanto, isso poderia explicar porque a variante de espalha muito mais facilmente, com uma taxa de transmissibilidade até 60% maior.
Apesar da disseminação mais fácil, não podemos afirmar se essa variante é mais letal e causa casos mais graves que a variante tradicional.
Vacinas são a principal estratégia: o que muda com a chegada da delta
A princípio, as vacinas são a principal estratégia. No entanto, é importante lembrar que nenhum tipo de imunizante teve eficácia de 100% contra nenhuma variante.
Alguns estudos inclusive mostram resultados inferiores em relação à cepa original.
Pfizer: 1 dose: 33%; 2 doses: 88%
Janssen: 67%
CoronaVac: ainda não possui estudos definitivos de eficácia contra a variante delta.
Ministério da Saúde já recomenda antecipação da segunda dose e fala também em terceira dose. A princípio para pessoas com comprometimento da imunidade e idosos, mas é muito provável que a dose de reforço seja indicada pra toda população.
A tendência é termos vacinação periódica, assim como já acontece para gripe.
Seja como for, o que se sabe é que atualmente, as pessoas que não se vacinaram tem duas vezes mais chances de se internar do que aquelas já com esquema completo.
Além disso, é preciso pelo menos 15 dias após a ultima dose da vacina para que ela tenha o máximo poder de proteção.
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