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Saúde Alerta

Celulares, computadores e fones de ouvido: os dispositivos do dia a dia que acumulam bactérias

Estudos mostram como esses aparelhos podem ser até mais contaminados que assentos sanitários

Publicado em 31/10/2024 às 11:00 | Atualizado em 31/10/2024 às 11:21


				
					Celulares, computadores e fones de ouvido: os dispositivos do dia a dia que acumulam bactérias
freepik

				
					Celulares, computadores e fones de ouvido: os dispositivos do dia a dia que acumulam bactérias
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Computadores, celulares e fones de ouvido estão entre os dispositivos de uso diário que mais acumulam bactérias, com o celular liderando a lista em vários estudos científicos. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Surrey, no Reino Unido, os smartphones podem ter até dez vezes mais bactérias do que assentos sanitários, devido ao seu contato frequente com as mãos e o rosto, além do armazenamento em locais como bolsas e bolsas.

Os computadores e notebooks também são repositórios de microorganismos, pois ficam expostos ao toque contínuo das mãos. Além disso, as fendas entre as teclas acumulam sujeira e poeira, criando um ambiente ideal para o desenvolvimento de bactérias e fungos, um estudo realizado pelo Centro de Saúde Pública da Universidade de São Paulo apontou tudo isso.

Já os fones de ouvido, embora menos propensos ao contato direto com várias superfícies, podem ter alta concentração de bactérias, especialmente se compartilhados ou usados ​​após atividades físicas. Segundo um estudo da Universidade de Stanford, o uso prolongado de fones de ouvido pode causar o aumento de bactérias na região do ouvido, já que o ambiente quente e úmido favorece esse crescimento.


Uso de celulares da UTI

O uso de celulares em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é um tema de preocupação crescente, com estudos apontando riscos associados a infecções e até de interferência eletrônica. Isso representa uma ameaça significativa em ambientes hospitalares críticos, por causa do acumulo significativo de bactérias.

Justamente por causa dos riscos microbiológicos, hospitais têm adotados políticas restritivas ao uso de celulares nesses ambientes, e incentivando a esterilização constante dos aparelhos.

Limpeza

Para minimizar esses riscos, estudos sugerem que a limpeza dos aparelhos seja feita regularmente, o que pode reduzir em até 90% a presença de bactérias, ajudando na prevenção de infecções. Além disso, é aconselhável lavar as mãos com frequência também e evitar compartilhar dispositivos de uso pessoal.

Como limpar

Fone de Ouvido:

Passe delicadamente a escova de dentes pelo fone, depois umedeça o papel toalha com o álcool isopropílico e passe sobre os fones. Retire o excesso de sujeira com o cotonete e utilize outro papel toalha para secar o acessório.

Celular:

Desligue o aparelho, retire a capa e desconecte os cabos e acessórios. Use álcool isopropílico, colocando o produto em um pano macio, que não solte fiapos. Passe na tela e no aparelho, delicadamente. Se as capas de proteção forem feitas de plástico, silicone, ou algum material semelhante, é possível usar água e sabão para lavá-las. Depois deixe secar. Evite levar celulares para o banheiro.

Computador e notebook:

Desligue o aparelho da tomada e desconecte todos os cabos e dispositivos de armazenamento. Use um panos macios que não solte fiapos. Para limpeza, o indicado é utilizar álcool isopropílico. Umedeça um pano macio com o produto, mas sem encharcar, e passe no aparelho em movimentos leves. Para limpar as teclas e outros componentes - locais em que o pano não chega tão fácil - a dica é usar um pincel bem macio. Outra dica: evite fazer refeições perto do computador.

André Telis de Vilela é médico, cirurgião cardiovascular, doutor em medicina pela UNIFESP e professor da UFPB. Colunista de saúde do Jornal da Paraíba, Tv Cabo Branco e rádio CBN.

Imagem ilustrativa da imagem Celulares, computadores e fones de ouvido: os dispositivos do dia a dia que acumulam bactérias

André Telis

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