Do ENEM para a vida real: quem cuida do homem enquanto ele evita o cuidado?

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O ENEM 2025 trouxe para o debate o envelhecimento da população brasileira.

O Brasil está deixando de ser o “país do futuro” e se tornando um país que envelhece rapidamente.

Mas há um ponto importante nessa discussão: como os homens estão envelhecendo?

A Pesquisa Nacional de Saúde mostra que 1 em cada 3 homens não vai ao médico nenhuma vez ao ano, e apenas 28% fazem check-up.

Quando procuram atendimento, muitas vezes já chegam com doenças em estágio avançado — pressão alta descontrolada, diabetes descoberta tarde, colesterol elevado e problemas cardíacos que só aparecem no dia do infarto.

Esse comportamento tem impacto direto na expectativa de vida:

os homens vivem, em média, 7 anos a menos que as mulheres no Brasil.

E a saúde mental faz parte dessa equação.

Homens morrem por suicídio três vezes mais do que mulheres.

Não porque sofrem menos — mas porque pedem menos ajuda.

O silêncio, a ideia de “aguentar tudo”, de não demonstrar vulnerabilidade, cobra um preço alto — na saúde e na vida.

Se o Brasil está envelhecendo, precisamos olhar para como estamos envelhecendo.

Envelhecer bem significa chegar à velhice com autonomia, movimento, vínculos, memória e presença.

E isso não começa aos 60.

Começa agora.

Cuidar da saúde não diminui ninguém.

Cuidar da saúde mantém você vivo. Presente. Inteiro.