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SAÚDE

Septicemia: o que é, sintomas e tratamento

Doença pode afetar qualquer pessoa, mas os mais susceptíveis são crianças, idosos e pacientes que usam medicamentos que afetam as defesas do organismo.

Publicado em 03/07/2023 às 14:37


                                        
                                            Septicemia: o que é, sintomas e tratamento

O ator Stenio Garcia, de 91 anos, foi internado no sábado (1º) com quadro de septicemia aguda, no Hospital Samaritano, Rio de Janeiro. O artista passou por uma bateria de exames, que detectou a infecção generalizada no sangue causada por uma bactéria e já está em tratamento. 

Diante da notícia, o Jornal da Paraíba conversou com a médica infectologista Larissa Negromonte para esclarecer o que é septicemia, também conhecida como sepse ou infecção generalizada, quais são seus sintomas e como o tratamento é feito.

A assessoria de Stenio informou que os sinais vitais estão ótimos e ele já respira normalmente.

O que é a sepse

Também conhecida como infecção generalizada ou septicemia, a sepse é uma resposta sistêmica inadequada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão do corpo, podendo ser provocada por bactérias, fungos, protozoários ou vírus. 

E, por conta dessa resposta exarcebada pode levar ao disfunção dos órgãos, podendo causar a morte do indivíduo se não for diagnosticada precocemente e tratada de forma rápida. "Quanto mais precoce é o tratamento, maior chance de recuperação", alerta a infectologista.

Qualquer tipo de infecção pode evoluir para sepse, mas as mais comuns são:

  • Pneumonia;
  • Infecções abdominais;
  • Infecções urinárias;

Além disso, qualquer pessoa pode ser afetada pela sepse, mas os mais vulneráveis são:

  • Bebês prematuros;
  • Crianças abaixo de um ano;
  • Idosos;
  • Pacientes com câncer;
  • Pacientes com Aids ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo;
  • pacientes com doenças crônicas;
  • Usuários de álcool e drogas;
  • Pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas.

Sintomas da septicemia

É recomendado que toda a população saiba quais são os sinais de alerta, que sugerem que uma infecção está se tornando mais grave e que é necessário buscar ajuda num serviço de saúde.

Segundo, Larissa Negromonte, médica infectologista, além dos sinais da própria infecção, como tosse e catarro no caso de uma pneumonia, a população deve estar atenta para outros sinais como:

  • Sonolência;
  • Confusão;
  • Falta de ar;
  • Tontura;
  • Fraqueza;
  • Queda de pressão;
  • Redução da quantidade de urina.

Casos no Brasil

No Brasil, estima-se que aconteçam 400 mil casos entre adultos e 42 mil entre crianças por ano, dos quais 240 mil adultos e 8 mil crianças morrem.

Ao redor do mundo, a sepse mata 11 milhões de pessoas todos os anos, afetando, desproporcionalmente, crianças pequenas e outras populações vulneráveis em países de baixa renda.

Tratamento

O tratamento da Sepse é realizado no atendimento de urgência, logo quando é identificada. Segundo Larissa Negromonte, os hospitais no país têm protocolos para rápida detecção da infecção. Após isso, o paciente deve ser transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ser monitorado.

A infectologista afirma que o tramento consiste em: monitorar, hidratar e começar a antibioticoterapia de acordo com o foco da infecção.

Após o tratamento

Após o tratamento, pacientes com sepse ficam debilitados, principalmente aqueles que passaram pela internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Pacientes apresentaram dificuldades para retomar suas atividades normais, já que a sepse pode deixar sequelas como:

  • Dificuldade motora;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dificuldade de raciocínio
  • Déficit de atenção
  • Problemas psicológicos como depressão e ansiedade.

Depois que o paciente receber alta, ainda existe o risco de novas infecções e descompensação de doenças crônicas ocorrerem, o que pode requerer uma nova internação hospitalar.

Por isso, especialistas recomendam que durante toda a internação, o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar, para reduzir os riscos de sequelas e iniciando o processo de reabilitação precoce, e no momento da alta, fornecer informações e encaminhamentos adequados para promover a continuidade da reabilitação multiprofissional.

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Jornal da Paraíba

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