SAÚDE
Terceiro paciente com HIV é curado após tratamento com células-tronco
Em 2009, em Berlim, e em 2019, em Londres, outras duas pessoas que passaram pelo mesmo tratamento foram curadas.
Publicado em 23/02/2023 às 16:20 | Atualizado em 23/02/2023 às 16:37
Um paciente soropositivo para HIV foi curado após transplante de células-tronco, segundo estudo divulgado pela revista científica Nature Medicine na última segunda-feira (20). Antes disso, em 2009, em Berlim, e em 2019, em Londres, outras duas pessoas que também passaram por transplante de células-tronco foram curadas.
De acordo com a IciStem, organização internacional que colabora para desenvolver uma cura para o HIV, este paciente de 53 anos da cidade alemã de Düsseldorf, que não teve nome revelado, fazia tratamento contra leucemia, câncer no sangue, e por isso teve que passar por um transplante das células-tronco como forma de tratamento.
Após a operação, foi verificada pela equipe médica que o acompanhava que não havia mais vestígios de partículas virais, reservas virais ou resposta imune contra o vírus. Por isso, o tratamento contra o HIV foi interrompido após decisão médica para ter certeza sobre a cura da doença, em 2018.
Os outros dois pacientes que também foram curados anteriormente também passaram pelo mesmo tratamento contra a leucemia e foram forçados a fazer o transplante com células-tronco. Em ambos os casos, os dois pacientes foram curados da doença.
Ainda assim, a comunidade internacional discute o que realmente significa ‘a cura para o HIV’, afinal em todos os três casos os pacientes tinham uma rara mutação em um gene, chamado de CCR5, que impede que o HIV entre nas células do corpo humano, conferindo proteção contra certas cepas do vírus.
Além disso, transplantes de medula óssea não são recomendados em caso de HIV, já que não haveria motivo para isso porque se o paciente vive bem e saudável com o antirretroviral, e também não infectaria outras pessoas, não seria necessário uma operação desse porte, que também iria requerer uma série de cuidados específicos ao longo do tratamento e não é considerada algo de baixo risco.
No caso do paciente de Düsseldorf, após ser diagnosticado com HIV do tipo 1 e ser submetido a tratamento com antirretroviral, quando foi diagnosticado, que acabou controlando a infecção, ele acabou desenvolvendo leucemia, precisando assim do tratamento com células-tronco em 2013.
*com informações de Viva Bem, UOL.
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