TECNOLOGIA
Brasil terá de aperfeiçoar a tecnologia flex, apontam especialistas
EUA aumentam rigidez para emissões e pressionam outros mercados. Consumo de etanol ainda é elevado no sistema bicombustível brasileiro.
Publicado em 23/05/2009 às 18:00
Do G1
A corrida dos Estados Unidos para reduzir consumo de combustível e emissões começa tarde. Europa e Japão e até mesmo o Brasil já possuem programas contínuos que incentivam a indústria automobilística a investir em veículos mais ecológicos. Entretanto, o posicionamento agora rigoroso dos Estados Unidos influenciará os mercados emergentes a adotar soluções “verdes”, especialmente na adoção de combustíveis renováveis. Neste caso, o desafio brasileiro será aperfeiçoar a tecnologia flex, já que o consumo de álcool ainda é elevado nesse sistema.
“O Brasil por causa do etanol tem a vantagem do carro flex, mas terá de melhorar muito tecnologicamente. Do ponto de vista de emissão, o país está muito bem, mas em consumo está em desvantagem, porque o carro abastecido com álcool consome mais”, explica o vice-presidente da empresa de consultoria CSM Worldwide.
Para Cardamone, a busca pela redução de consumo virá também da forte pressão dos clientes e obrigará as montadoras a trazer tecnologias que já existem em outros mercados. E isso não demorará tanto. Segundo o vice-presidente da CSM Worldwide, esse movimento deverá acontecer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, entre 2015 e 2018.
Etanol é solução local
Apesar do interesse de fabricantes de veículos no uso de etanol, como é o caso da Ford, o álcool combustível é considerado uma solução energética restrita ao mercado brasileiro. “Só conseguimos os flex porque nos anos 80 tivemos carros a álcool, então diria que não foi nada planejado, o carro flex foi mais uma visão de marketing do que algo para resolver o problema ambiental”, avalia Cardamone.
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