TECNOLOGIA
Exercícios após ataque cardíaco não devem ser interrompidos
Estudo demonstra que efeito benéfico pode ser perdido em semanas. Pesquisa foi conduzida com 228 sobreviventes de ataque cardíaco.
Publicado em 30/03/2009 às 8:30
Do G1
Alguns importantes benefícios de se exercitar após um ataque cardíaco podem desaparecer em semanas caso o exercício seja interrompido, conforme relata um novo estudo.
Os pesquisadores examinaram a flexibilidade de uma artéria na passagem do sangue em 228 sobreviventes de ataques cardíacos. As artérias tiveram uma expansão média de 4,2%, em comparação aos 10% considerados normais em pessoas saudáveis.
Então, os cientistas dividiram os pacientes em quatro grupos para realizar um treinamento de resistência e exercícios aeróbicos, ambos juntos, ou nenhum programa de exercício.
Finalmente, os praticantes de exercícios interromperam o programa, permanecendo ociosos por quatro semanas.
O estudo, publicado na edição de 16 de março do periódico "Circulation", descobriu que a dilatação aumentou para 5,3% em pessoas que não tinham se exercitado, mas para uma média de mais de 10% no grupo que se exercitou. Após quatro semanas de interrupção, a dilatação retornou praticamente aos níveis iniciais em todos os três grupos de exercício.
"A reabilitação cardíaca é barata", disse Margherita Vona, principal autora e diretora de reabilitação cardíaca de uma clínica em Glion-sur-Montreux, Suíça. "Porém, o preço de perder seus benefícios é alto. É importante educar pacientes em relação aos exercícios, e essencial que eles continuem no longo prazo", afirmou a médica.
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