TECNOLOGIA
Mais uma vítima: 5G não escapa das fake news após implementação no Brasil
Nova tecnologia será ativada na sexta-feira (29), em João Pessoa.
Publicado em 27/07/2022 às 16:27 | Atualizado em 04/08/2022 às 11:05

A chegada do 5G, nova tecnologia de internet móvel no Brasil, já traz muitos avanços de conectividade de internet. João Pessoa, capital paraibana, começará a sentir isso a partir da ativação da rede nesta sexta-feira (29), tornando a cidade a primeira em todo o Nordeste a receber o sinal.
No entanto, desde a ventilação da possibilidade da chegada do 5G no país e passando pelo processo de licitação das empresas que teriam direito de operar a nova tecnologia em solo nacional, muitas fake news circularam nas redes sociais sobre a nova tecnologia, colocando em xeque, inclusive, a segurança do serviço em relação à saúde da população.
Fake news mais frequentes
Em grupos de WhatsApp, Facebook e outras redes sociais, é muito comum a associação de da transmissão do sinal do 5G com a disseminação da Covid-19. A teoria da conspiração alega que as ondas eletromagnéticas que levam o sinal da nova tecnologia de internet móvel para os celulares dos consumidores também levariam consigo a doença.
Outra fake news que também associa Covid com o 5G é de pessoas vacinadas contra a doença terem recebido microchips através do imunizante. A nova tecnologia de internet móvel serviria, segundo a conspiração, para potencializar o monitoramento destas pessoas pela empresa chinesa Huawei.
Por falar em chineses, é corriqueiro a associação deste povo com várias notícias falsas sobre o 5G ser potencialmente danoso aos seres humanos, assim como é frequente o preconceito contra o país oriental em relação ao surgimento da Covid-19. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), já chamou a doença de ‘’vírus chinês’’.
Ainda no ano passado, quando recentemente havia acontecido o leilão para a operacionalização do 5G no país, em novembro, outro caso de desinformação aconteceu. Desta vez no estado do Espírito Santo.
Na cidade de Domingos Martins, uma obra que instalava uma antena de 5G na região foi alvo de pedido de explicações para Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por parte do Ministério Público do Estado, para esclarecer que a nova tecnologia não estaria matando pássaros e nem seria danosa à saúde humana.
O processo começou devido a um pedido anônimo à ouvidoria do MPES, que continha o seguinte questionamento: “A questão principal é (sic) qual a distância mínima para instalação de antena desta natureza poder ser instalada sem prejudicar a saúde humana e a saúde de pássaros abundantes na região?”
Como resposta, a Anatel enviou uma nota técnica que desmentia a possibilidade do 5G gerar qualquer tipo de dano à saúde e que também não era responsável pela morte de pássaros na região.
Além disso, a Anatel também citou estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), que asseguram que não há base científica para atrelar qualquer problema de saúde com a nova tecnologia, desmentindo também teorias da conspiração citadas anteriormente.
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