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TECNOLOGIA

Projeto brasileiro traduz textos da web para braille em tempo real

Iniciativa é de pesquisadores da Unesp, em São José do Rio Preto. Projeto, na fase de finalização, dispensa uso de impressoras especiais.

Publicado em 18/06/2009 às 8:35

Do G1

Pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São José do Rio Preto, desenvolveram um sistema para facilitar o acesso de deficientes visuais à internet.

O projeto consiste em um dispositivo capaz de transformar, em tempo real, o conteúdo da web em diferentes sinais do alfabeto braille, que se elevam e abaixam na superfície de um console.

De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, o protótipo da novidade será finalizado ainda no final deste mês. Por isso, ainda não há imagens de divulgação de como funciona o sistema. Na prática, a novidade seria uma superfície “viva”, que traduziria as informações exibidas na tela do computador para pontos em relevo do alfabeto braille.

Com o dispositivo, um deficiente visual poderia acessar textos disponibilizados na internet sem a necessidade de impressoras especiais. Outro benefício é o fato de as informações serem oferecidas no tempo real do acesso à web, segundo a agência Fapesp (ligada à fundação que apoia o projeto).

“O dispositivo poderá contribuir para ampliar as possibilidades de trabalho de deficientes visuais em todas as atividades que empregam computadores pessoais”, disse José Márcio Machado, coordenador do projeto “desenvolvimento de um dispositivo anagliptográfico para inclusão digital de deficientes visuais”.

Machado, professor do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, ressalta que o dispositivo não converte arquivos de texto em áudio, como já fazem outros equipamentos utilizados por deficientes visuais. Além disso, o projeto está focado nos computadores de mesa. “A miniaturização para uso em unidades portáteis, como notebooks, dependerá de desenvolvimentos e investimentos futuros”, disse Machado.

Depois do desenvolvimento do hardware, os especialistas vão testar o uso do dispositivo entre seu público-alvo. Somente depois de finalizados os testes, será possível determinar custos de produção em maior escala. Segundo Machado, as tecnologias envolvidas são todas acessíveis ao parque industrial do país.

Imagem

Jornal da Paraíba

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