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TECNOLOGIA

'Vai de Bet' não entra em lista de autorizadas para operar no Brasil

Empresa informou ao Jornal da Paraíba que solicitou esclarecimentos e o pedido de retificação ao Ministério da Fazenda.

Publicado em 02/10/2024 às 11:51 | Atualizado em 02/10/2024 às 12:07


				
					'Vai de Bet' não entra em lista de autorizadas para operar no Brasil
João Pedro Melo/TV Cabo Branco

A empresa de apostas eletrônicas "Vai de Bet" não está na lista de bets autorizadas pelo Ministério da Fazenda para atuar no Brasil. A 'bet' faz parte do grupo paraibano BPX Bets Sports Group, que também detém as marcas ObaBet e BetPix365.

A empresa informou ao Jornal da Paraíba que solicitou esclarecimentos e o pedido de retificação ao Ministério da Fazenda.

O pedido de liberação da empresa paraibana foi enviado dentro do prazo estipulado pela pasta, conforme lista divulgada pelo próprio Ministério da Fazenda.

Por isso, a não divulgação do nome na lista de aprovadas pode implicar que algum dos requisitos não foi cumprido, como apresentação de todos os documentos exigidos ou comprovação de capacidade técnica. O Jornal da Paraíba solicitou a explicação do Ministério da Fazenda e ainda aguarda retorno.

Em nota, o grupo da "Vai de Bet" disse que:

"O BPX Bets Sports Group, detentor das marcas VaideBet, ObaBet e BetPix365, informa que solicitou esclarecimentos e o pedido de retificação ao Ministério da Fazenda. A empresa protocolou o requerimento em 19 de agosto no SIGAP e apresentou a indicação de suas marcas e domínios em 26 de setembro, dentro dos prazos estabelecidos. Além do requerimento da licença do Governo Federal, a VaideBet solicitou a licença estadual do Rio de Janeiro através da Loterj. Por isso, aguarda também a publicação da Lista Estadual que contemple as empresas outorgadas pelo estado do Rio de Janeiro."

Bets autorizadas a atuar no Brasil

A lista do Ministério da Fazenda contém 193 marcas de 89 empresas a continuar operando em nacionalmente. também há seis marcas de seis empresas autorizadas a funcionar em âmbito estadual: cinco no Paraná e uma no Maranhão.

O número pode subir à medida que novos casos sejam analisados e aprovados pelo Ministério da Fazenda. Novas liberações estaduais também podem acontecer.

Os apostadores com dinheiro depositado em empresas irregulares têm até o dia 10 de outubro para fazer a retirada. A partir do dia 11, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) derrubará o acesso a cerca de 600 páginas que não pediram autorização ao Ministério da Fazenda para operarem no Brasil.

Operação Integration

A "Vai de Bet" é uma das casas de aposta online investigadas na Operação Integration, que tem entre seus alvos Deolane Bezerra e Gusttavo Lima, e apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilegais, como o jogo do bicho. Os paraibanos José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha são sócios da 'bet'.


				
					'Vai de Bet' não entra em lista de autorizadas para operar no Brasil
André Rocha e Aislla Rocha na festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima. Redes sociais

O que apontam as investigações

José André e Aislla Sabrina são casados e sócios da PIX365 Soluções Tecnológicas Ltda (segundo o Ministério Público, este é o nome da empresa de apostas esportivas on-line Vai de Bet).

José André também é sócio da JMJ Participações Ltda.

Assim como a Esportes da Sorte, a Vai de Bet é suspeita de lavagem de dinheiro de jogos de azar eletrônicos e jogo do bicho através de apostas esportivas on-line.

A Vai de Bet, segundo o inquérito, usaria operadoras financeiras para inserir dinheiro obtido de forma ilegal no sistema financeiro, promovendo uma série de transferências (depósitos e saques) entre diversos investigados, como forma de mascarar a forma como os recursos foram obtidos.

Segundo citação da juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do TJPE ao inquérito policial, a Vai de Bet usou os serviços da Zelu Brasil e da Pay Brokers para intermediar pagamentos para uma das empresas do cantor Gusttavo Lima (Nivaldo Batista Lima), a GSA que são suspeitos de lavagem de dinheiro.

O sistema adotado para a transferência, de acordo com a investigação, é semelhante ao realizado pela Esportes da Sorte com a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.

Ao todo, a empresa teria repassado, por meio de operadoras, R$ 5,9 milhões para a GSA Empreendimentos e Participações Ltda, que tem Gusttavo Lima como sócio. O valor representa 31,77% de todos os pagamentos recebidos pela GSA no ano de 2023.

Deste total, R$ 1,3 milhão foi transferido da GSA para a conta de pessoa física de Gusttavo Lima (Nivaldo Batista Lima).

Também é investigada a negociação feita pelo casal para a compra de um jato Cessna Aircraft, da Balada Eventos e Produções Ltda., outro CNPJ ligado a Gusttavo Lima (sócio administrador). A suspeita é que a transação serviu para ocultar valores provenientes de jogos ilegais.

O mesmo avião foi comprado por Darwin Henrique Filho, por meio da empresa HSF Entretenimento e Promoções de Eventos Eireli (Esportes da Sorte), e devolvido, com restituição integral do valor pago, com distrato contratual, sob justificativa de falha na turbina da aeronave.

A Vai de Bet patrocina o time de futebol do Paranavaí, que disputa a segunda divisão no campeonato estadual do Paraná, e cujo sócio majoritário é Gusttavo Lima.

O que dizem os investigados

Procurada, a Vai de Bet disse que os sócios da empresa não vão se pronunciar.

Em nota a defesa do cantor Gusttavo Lima divulgou uma nota na qual informou que:

A relação do artista com as empresas investigadas era "estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave";

Todas as ações foram feitas legalmente, por meio de transações bancárias e mediante declarações aos órgãos competentes e registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);

Os contratos "possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso";

O cantor tem uma "vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs" e "medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem".

Imagem

Jornal da Paraíba

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