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Aprovados no concurso de agente penitenciário pedem agilidade
Mil aprovados esperam nomeação desde 2008.
Publicado em 04/07/2011 às 15:59
Valéria Sinésio
Do Jornal da Paraíba
Cerca de mil aprovados no concurso público para agente penitenciário da Paraíba, realizado em 2008, continuam na luta para a realização da terceira etapa do certame, que é o curso de formação. Apesar de várias decisões judiciais a favor dos concursados, a Secretaria de Administração Penitenciária não prevê data para contratação.
Em abril deste ano, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) proferiu decisão desobrigando o governo a contratar de imediato os concursados. Com isso, os aprovados continuam na mesma: sem emprego e com pouca esperança.
A maior preocupação dos candidatos, segundo a Comissão dos Aprovados no Concurso dos Agentes Penitenciários, é com o prazo de validade do concurso, que termina em outubro de 2012. O curso de formação é etapa obrigatória para a posse. Pelo menos 60% dos candidatos entraram na Justiça, mas até agora nada foi feito. Um recurso foi julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro de 2010, também determinando a convocação dos aprovados para a terceira etapa, obedecendo a ordem de classificação e o número de vagas previsto no edital.
Decisão assinada pelo juiz Miguel de Britto Lyra Filho, em janeiro, determinou a convocação dos aprovados sob pena de multa diária de R$ 500,00. O promotor do Patrimônio Público, Rodrigo Pires Sá, disse que tem sido constantemente procurado pelos aprovados, mas que não há muito o que fazer diante da decisão do TJ-PB. Na semana passada, a secretaria nomeou 100 novos agentes.
As primeiras etapas do concurso foram realizadas em junho e julho de 2008. A homologação foi em outubro de 2008 e prorrogado em 2010. Na última terça-feira, o secretário de Administração Penitenciária, Harrison Targino, garantiu que os aprovados serão convocados até o prazo final do concurso.
“No tempo oportuno, o governo vai anunciar”, disse. “Ninguém compra um carro quando quer, só quando tem dinheiro. É a mesma coisa”, comparou o secretário. Quando questionado o porquê de manter prestadores de serviços na secretaria, ao invés de contratar os concursados, Targino respondeu: “A quantidade é bem menor”. Segundo o secretário, após a convocação, a Paraíba terá o maior número de agentes proporcional ao número de presos.
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