Busca por resultados e reconhecimento profissional é constante

Valéria Sinésio
Do Jornal da Paraíba

Recém-formada em Administração de Empresas, Yanna Tormes, que trabalha em um banco privado, é um bom exemplo da Geração Y. “Sou uma pessoa muito dinâmica e tenho muita facilidade em trabalhar com pessoas, por isso quando fui escolher a profissão, optei pela área financeira”, afirma. Ela diz que o que a atraiu foi a quebra da rotina e a busca constante por resultados. Yanna conta que seus objetivos como profissional é “dinheiro e reconhecimento profissional”, bem a 'cara' da inquieta e ambiciosa Geração Y. “Além de almejar a concretização de projetos materiais, quero crescer na empresa e decolar em uma carreira sólida”, explica.

A bancária já experimentou a sensação de trabalhar ao lado de gerações anteriores e conta suas impressões. “Acredito que as pessoas das outras gerações estranham um pouco a forma que trabalhamos. O dinamismo está presente em nosso DNA, e às vezes, me espanto quando observo a lentidão com que muitas pessoas da geração passada absorvem os conhecimentos e executam as tarefas” , comenta.

Aos 27 anos, Alcir Lima também pode ser considerado um outro exemplo da Geração Y. Jovem, bem sucedido e com muitos projetos em mente, vive buscando mais – e mais, e mais, como se 'esse mais' não tivesse fim. Sem ter medo de desafios, decidiu montar sua própria empresa de sistemas para internet e criação de conteúdo digital.

Os funcionários são todos da Geração Y ou Z (nascidos na década de 1990) e, portanto, não falta dinamismo, inovação e vontade de superar os desafios na empresa Construir Sites que, apesar de pouco tempo no mercado, se destaca pelas peculiaridades, construídas graças a inquietação de Alcir e seus funcionários. É força da Geração Y.

Apesar da pouca idade, tem uma experiência considerável no currículo. Passou por duas empresas e trabalhou como freelancers antes de abrir a empresa. Como a maioria dos que compõem sua geração, visa a ascensão profissional de uma forma contínua.

“Quero ganhar dinheiro hoje para ter equilíbrio amanhã”, declara. Trabalhar com pessoas da mesma geração e da Z, para Alcir, só facilita, visto que são gerações (principalmente) que convivem bem com a tecnologia. O dinamismo só ajuda. “Com o avanço da tecnologia, cada vez mais precisamos fazer as mesmas coisas em menos tempos”, conta. “Precisamos de usar celulares, notebooks, ipads para trabalhar”, completa.

Esses jovens não se preocupam, nem ficam com a consciência pesada em aceitar a proposta da concorrência. Eles até vestem a camisa da empresa, 'mas com a deles por baixo'. Os interesses próprios estão sempre em primeiro lugar. Na pesquisa feita pela Projeto RH foi constatado que o tempo médio da experiência profissional é de cinco anos e quatro meses; 3,6 empregos é a quantidade de empresas diferentes pelas quais os jovens já passaram; e 44 horas semanais é o tempo que esses profissionais trabalham por semana, com exceção dos estagiários.

É importante lembrar que a Geração Y não só estar presente nas empresas, como também ocupam cargos de gestão e diretoria. A Geração Y ocupa cerca de 31% dos cargos nas empresas, segundo uma pesquisa realizada no ano de 2010 no Brasil, pela empresa global especialista em mercado de trabalho, Great Place to Work.

Em relação às áreas que escolheriam para trabalhar, os jovens da Geração Y optariam pelos segmentos de Marketing e Financeiro. “Essas duas áreas sempre foram atrativas, enquanto Engenharia vem despontando como um mercado promissor”, explica Eliane, lembrando que a maior curiosidade da pesquisa foi a área de Tecnologia ter aparecido em 10º lugar na pesquisa. O levantamento foi feito com jovens entre 21 e 29 anos, universitários e estudantes de pós-graduação de todo o país.