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Candidato deve observar editais
Informações relacionadas a etapas e especificações, são por vezes ignoradas, além das retificações, que exigem leitura minuciosa.
Publicado em 19/02/2012 às 6:30
Uma leitura aprofundada ao edital de um concurso público pode revelar muito mais sobre a seleção do que o candidato pode imaginar. O documento, muitas vezes ignorado pelos concurseiros por ser repleto de informações minuciosas, ajuda na preparação para a seleção e pode até evitar uma eliminação precoce.
“Um erro comum entre os candidatos é ler apenas alguns pontos que entendem serem mais importantes, porém a leitura deve ser completa. Lógico que existem itens que devem ser analisados com mais cuidado, como: programa das matérias, tipo de prova, data, horário, local e tempo de provas, além dos requisitos para a posse”, elencou a gerente administrativa do Praetorium Preparatório para Concursos, Silvana Canuto, ao enfatizar que os candidatos devem ainda estar sempre atentos às novas informações dos certames.
É comum muitos editais serem relançados, com retificações importantes (mudança de conteúdo, locais de prova, horários), e os estudantes não verificarem as atualizações. O diretor pedagógico do Líttera Concursos, o professor Thyag- go Lucena, lembrou ainda que dependendo do tipo de concurso o cuidado em relação aos tópicos do edital é diferente.
Na área policial, por exemplo, geralmente o certame é dividido em cinco etapas e muitos alunos não se preparam para cada uma delas. “Uma etapa importante é a de avaliação física. No concurso para a Guarda Municipal da Prefeitura de João Pessoa os exercícios serão solicitados de acordo com a faixa etária do candidato. O órgão aceita pessoas de até 45 anos, mas o nível dos exercícios para quem tem essa idade é bem menos rigoroso”, alertou Thyaggo.
Ele enfatizou que é necessário se preparar adequadamente para essa parte física. Na área policial e, ultimamente, conforme o professor, até certames na área administrativa, também têm sido cobrado testes psicológicos de caráter eliminatório.
“Muitas pessoas pensam que os testes vão verificar se a pessoa é louca, mas não é isso. A intenção é constatar a capacidade de discernimento, raciocínio rápido, de reagir sob pressão”, explicou Thyaggo Lucena, ao informar que algumas escolas preparatórias, a exemplo do Líttera, já oferecem, além do curso de conhecimentos gerais, um de acompanhamento para as outras etapas dos certames.
A preparação para o teste psicológico, por exemplo, é feita por uma psicóloga que trabalha com treinamento para exames psicotécnicos. Em se tratando dos certames da área jurídica, alguns possuem requisitos não tão usais em concursos para a investidura no cargo. Para o cargo de técnico judiciário, muitas vezes é exigida prova de digitação. “Conheço candidatos que até desistiram desse tipo de concurso (mesmo após a inscrição), porque não prestaram atenção ao edital e ao saberem dos requisitos julgaram que não davam conta”, relatou Thyaggo.
Ele lembrou ainda dos tópicos básicos, que precisam ser sempre revistos, a exemplo do período de inscrições. Embora esse seja um dos primeiros itens observados pelo candidato, há quem confunda as datas de cada tópico. Foi o caso da estudante Priscila Ferreira, que perdeu o prazo de inscrição para o certame do INSS. Isso após ter feito até um cursinho para se preparar para a prova. “Vi o período de inscrição somente uma vez e não consultei mais o edital. Achei que o final do prazo seria um dia depois do que realmente era, até que um amigo me informou a data correta. Tentei me inscrever, mas o site já estava congestionado”, contou a estudante, ao acrescentar que nos próximos editais fará questão de ler e reler, conferindo todas as informações.
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