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Concurso aprova candidatos que faltaram às provas eliminatórias
Etapa de testes práticos tinha caráter eliminatório no concurso público da Prefeitura de Mamanguape. Segundo denúncias, beneficiados seriam parentes de servidores municipais.
Publicado em 17/07/2011 às 7:45
Karoline Zilah
A 'novela' do concurso público realizado pela Prefeitura de Mamanguape parece não ter fim. A divulgação do resultado final das avaliações na semana passada levantou mais uma polêmica: dois candidatos que supostamente teriam faltado à prova prática de direção veicular foram aprovados para o cargo de agente de trânsito. O mais grave é que os dois supostos beneficiados têm parentesco com funcionários da Prefeitura.
A denúncia foi enviada por e-mail ao Paraíba1 pelo advogado dos candidatos que se sentiram prejudicados. No documento, também enviado ao Ministério Público Estadual, à empresa organizadora Advise Consultoria e para autoridades do município, Fábio Alves anexa uma fotografia demonstrando que o 1º colocado para a vaga não compareceu ao teste prático. A fase é considerada eliminatória e classificatória.
A ficha, onde deveriam ser descritas as pontuações obtidas na prova, está em branco. Abaixo, assinaturas dos avaliadores da Advise e de testemunhas reafirmando que o candidato teria faltado.
Apesar de não terem comparecido, eles tiveram direito a fazer a avaliação em outro dia e horário, o que seria uma irregularidade conforme as normas previstas em edital.
Os nomes dos faltosos que foram classificados podem ser consultados no documento que disponibiliza o resultado final do concurso público. Acesse aqui.
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Para justificar a denúncia, o advogado cita trechos do edital que regulamenta o concurso público de Mamanguape.
No capítulo XI, especificamente nos itens 1.3, 8 e 9, a Advise determina que as provas não poderiam ser realizadas em outro dia, horário ou fora do local designado. Também citam que o candidato que não realizar a prova estaria automaticamente excluído do processo e que não haveria segunda chamada ou repetição para a prova prática de direção veicular, seja qual for o motivo alegado pelo candidato.
Na quinta-feira (14) e na sexta-feira (15) nossa reportagem entrou em contato a Advise Consultoria e ligou para o telefone celular do diretor da empresa, Clênio Lima, mas não conseguiu respostas sobre as denúncias. O espaço fica aberto para a defesa dos citados.
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