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Concurso do MPU acontece neste final de semana; veja dicas de especialistas
Concurso recebeu 754 mil inscrições. Especialistas aconselham candidatos a fazer revisões e descansar.
Publicado em 11/09/2010 às 14:03
Do G1
O esforço para se preparar para um concurso público costuma ser substituído, às vésperas do exame, pela ansiedade e a pressão para ter um bom desempenho, principalmente quando o concurso é bastante disputado, como é o do Ministério Público da União, que recebeu 754.791 inscrições para 594 vagas. Para especialistas ouvidos pelo G1, o maior desafio dos concorrentes será manter o controle emocional até as provas, que serão neste sábado (11) e domingo (12).
Os cargos são de técnico (nível médio), com salário de R$ 3.993,09, e de analista (nível superior), com remuneração de R$ 6.551,52. Os candidatos com nível superior podem disputar o concurso para ambos os cargos.
Para Ricardo Ferreira, autor do livro "Manual dos concurseiros - dicas e estratégias para passar em concursos", muitos candidatos bem preparados acabam colocando tudo a perder porque não têm controle emocional para encarar a prova. Por isso, o especialista aconselha o candidato a não ficar estudando na véspera “porque fica preocupado com o que não estudou e isso gera um grau de ansiedade muito grande”.
Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso, confirma que o grande desafio é estabilizar o lado emocional. “O candidato tem que colocar na cabeça que existe vida após a prova. Ele não pode usar o exame como se fosse a única saída. Se não controlar a pressão de passar, ele pode errar questões bobas por falta de atenção e interpretação” alerta.
Carlos Eduardo Guerra, professor de administrativo e especialista em concursos, diz que o candidato deve ter consciência de que são naturais as dúvidas e o medo de um insucesso. Ele aconselha que o sono durante a noite deva ser encarado como parte do estudo nessa reta final.
Revisões e memorizações
Para Ferreira, o candidato deve aproveitar para fazer uma leitura dinâmica das normas que estão no conteúdo programático. Ele cita como exemplo a legislação específica do MPU e o artigo 5º da Constituição. “A hora é de fazer uma grande revisão, mas sem a preocupação de aprender. Não é mais hora de aprofundar, e sim de memorizar o máximo possível de informações, tentando aproveitar as questões literais da prova”, ensina.
Ferreira diz que o candidato deve tentar memorizar nomes de órgãos, entidades, qual a idade para ser deputado e quais os direitos assegurados a quem é naturalizado, por exemplo.
Paulo Estrella, da Academia do Concurso, afirma que o candidato deve aproveitar os últimos momentos para identificar onde está errando e corrigir essas falhas. Para ele, ainda há tempo de sanar dúvidas e fazer revisões de conteúdo, mas o candidato precisa selecionar as disciplinas em que obteve maior índice de erros e se concentrar nesses pontos fracos. “Ele tem que apontar para os conteúdos que são efetivamente o problema dele e fazer questões de provas anteriores”, sugere.
Carlos Eduardo Guerra, professor de administrativo e especialista em concursos, tem a mesma opinião. “Se o candidato falha em alguma matéria relevante ou item do programa, deve aproveitar os momentos finais para diminuir ou sanar as dificuldades. É importante o candidato conscientizar-se que ter dúvida é natural, e que só quem estuda apresenta dúvidas”, aconselha.
“As provas do Cespe/UnB (organizador do concurso do MPU) são naturalmente difíceis, com média baixa em comparação com as outras bancas. Caso o candidato não tenha dificuldade com determinado item da disciplina deve procurar dar atenção às disciplinas de memorização, como é o caso de legislação”, completa Guerra.
Prova para os dois cargos
Para os candidatos que farão as provas para analista no sábado e para técnico no domingo, Estrella aconselha descanso entre um exame e outro. “Depois da primeira prova, o aluno deve relaxar e procurar fazer coisas agradáveis, que tragam prazer, mas com moderação, pois nada pode atrapalhar o dia seguinte, quando ele deve estar tão bem quanto no primeiro dia", explica. "É fundamental ter uma válvula de escape. Mas se algum candidato ainda quiser estudar, não aconselho a pegar conteúdos longos, pois assim pode aumentar a ansiedade e atrapalhar na segunda prova”.
Guerra recomenda que o candidato descanse e evite rever a prova de sábado. “Isso causará tensão e não resolverá nada. A primeira prova, provavelmente, será diferente da segunda. Assim, a disciplina difícil de sábado poderá ser a fácil de domingo”, afirma.
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