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De olho na preparação física para concursos
Além de estudar para provas escritas, candidatos às vagas na Polícia Federal podem iniciar treinamentos físicos com antecedência.
Publicado em 18/03/2012 às 8:00
Quem pretende disputar uma das cobiçadas vagas da Polícia Federal deve iniciar a preparação o quanto antes. Inclusive, é bom lembrar que muitos candidatos estão 'colados' nos livros há alguns meses. Além disso, é preciso intensificar os treinos para garantir uma boa prova de resistência física. A preparação física, inclusive, é responsável por eliminar muitos candidatos que têm a ilusão de que basta fazer uma boa prova escrita.
Conforme anunciado, serão oferecidas 1,2 mil vagas no decorrer de 2012. O objetivo do governo é reforçar o policiamento nas regiões de fronteiras e a preparação do Brasil para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.
A primeira seleção será destinada ao preenchimento de 500 vagas de agente e 100 de papiloscopista, cargos que exigem o nível superior completo em qualquer área. A remuneração inicial é de R$ 7.818, com auxílio alimentação de R$ 304. A expectativa é que os editais sejam publicados nas próximas semanas, embora o prazo seja até 12 de junho (seis meses após a autorização concedida pelo Ministério do Planejamento).
O edital do segundo concurso da PF tem previsão de ser divulgado até o final de março ou abril. Neste, serão 350 vagas para escrivão, 150 para delegado e 100 para perito. O cargo de delegado é restrito para quem possui bacharelado em Direito; para perito, é preciso formação superior em área específica. Para ambos, a remuneração inicial é de R$ 13.672. Todos os cargos exigem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na categoria B ou superior.
Nas provas realizadas em concursos anteriores, foram cobradas oito disciplinas básicas: português, informática, atualidades, raciocínio lógico, direito constitucional, direito administrativo, direito penal e direito processual penal. Caso o modelo do concurso anterior seja mantido, a seleção deve ser feita por meio de provas objetivas e discursiva, avaliação psicológica, exame médico, exame de aptidão física, prova prática de digitação para o cargo de escrivão e curso de formação, além de investigação social.
O contador Jino Hamani, que também é acadêmico de direito, dedica pelo menos dez horas do dia para estudar para o concurso da PF. “Sei que é um concurso muito concorrido e exige muita determinação e disciplina por parte dos candidatos”, opina.
A estabilidade e o salário oferecidos são os grandes atrativos do concurso, e é exatamente isso que Jino quer. “Como sou acadêmico de direito poderei fazer tanto para agente como para perito, acho que todo o esforço é válido nessa fase”, frisa.
O professor de direito administrativo Martinho Menezes Júnior disse que um fato muito comum nos concursos federais é a manutenção do grupo de conhecimento que deve obedecer a mesma linha dos concursos anteriores para o mesmo cargo.
“Assim, o ideal seria estudar o edital do concurso anterior, antecipando-se em seus estudos. Destaco, como assuntos interessantes e quase sempre cobrados, nas provas de direito administrativo”, comentou.
Para o professor, os candidatos devem ficar atentos aos seguintes conteúdos: princípios da administração pública, atos administrativos (atributos, elementos e formas de extinção), e, finalmente, poderes administrativos, com ênfase no poder de polícia, inclusive na diferenciação de polícia administrativa e polícia judiciária. Em qualquer disciplina, segundo o professor, a depender de como a banca pretende avaliar o candidato, é sempre possível a inclusão de pegadinhas.
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