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Intercâmbio: estudar fora turbina currículo

Intercâmbio promove troca de experiências e conhecimento de outras culturas. Estudar fora enriquece currículo e serve de diferencial no mercado de trabalho.

Publicado em 04/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 15:19


                                        
                                            Intercâmbio: estudar fora turbina currículo
Foto: Popó Calixto/TV Paraíba

Estudar fora do país é uma oportunidade ímpar para a vida acadêmica e profissional dos estudantes. Além de ser uma oportunidade de trocar experiências e conhecer outras culturas, quem vai estudar no exterior acaba se destacando em relação aos concorrentes. Além do intercâmbio, também é possível fazer todo o mestrado ou doutorado fora do país. Muitos jovens nem pensam em voltar para o Brasil. Quem já teve o privilégio de estudar no exterior diz que a experiência é muito valiosa para o currículo.

É o caso de Farinaldo Queiroz, que terminou a graduação e o mestrado em Física pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em seguida fez parte do doutorado na Fermilad, nos Estados Unidos. A instituição é um dos principais centros de pesquisa do mundo na área de altas energias.

A oportunidade de ir para o exterior veio por meio de uma seleção interna no departamento de Física, que ofertou uma bolsa ao melhor aluno. “Felizmente consegui e cheguei a trabalhar com um dos ícones mundiais na minha área de pesquisa, que é o pesquisador Dan Hooper”, comentou.

Quando retornou ao Brasil, Queiroz terminou o doutorado na UFPB e logo participou de outra seleção. Dessa vez para obter um emprego temporário (uma espécie de pós-doutorado) no exterior.

Ele contou que recebeu ofertas de emprego da Alemanha e Estados Unidos, mas acabou indo para a Universidade da California Santa Cruz, onde está desde março deste ano. “Vim para trabalhar com Stefano Profumo, pesquisador reconhecido mundialmente”, explicou Queiroz, que está, ao todo, há um ano e cinco meses no exterior. A esposa Rafaela Queiroz o acompanhou.

Diferente de muitos outros jovens que vão estudar fora do país, Queiroz pensa em voltar para o Brasil. “Quero retornar ao país para retribuir o investimento feito”, declarou.

Para ele, a principal vantagem da experiência é a de conhecer uma nova cultura e tentar extrair as coisas boas. “Ter a oportunidade de trabalhar com os principais cientistas do mundo na sua área e colaborar com eles é algo fantástico, tanto para mim quanto para meu país de origem”, afirmou. O maior desafio, segundo ele, é conseguir acompanhar o ritmo e o nível de pesquisa avançados dos Estados Unidos.

Quem também sabe a importância de estudar no exterior é Vinícius Piva, que foi para Portugal, para a Faculdade de Belas Artes, da Universidade de Lisboa.

Ele foi um dos contemplados do programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. Vinícius faz intercâmbio em Lisboa. “Só tenho pontos positivos a ressaltar, fui super bem acolhido. As universidades europeias são muito bem preparadas para receber alunos estrangeiros”, comentou.

Ele disse que a experiência acadêmica tem sido muito valiosa e produtiva. “Meu curso nessa instituição é muito bem conceituado”, declarou. “Tem sido muito recompensante, não só a nível acadêmico, mas também cultural, profissional e pessoal. É uma experiência muito relevante para o currículo também, principalmente por vivermos em um mundo cada vez mais globalizado e conectado”, declarou Piva.

Programas de intercâmbio de universidades da Paraíba

O coordenador da Assessoria para Assuntos Internacionais da UFPB, José Antônio Rodrigues da Silva, disse que, por ano, cerca de 60 alunos saem para fazer intercâmbio, ao mesmo tempo que a instituição recebe a mesma quantidade de estudantes.

Dentre os programas oferecidos pela UFPB está o Programa de Mobilidade Internacional (Promobi), através do qual os alunos selecionados participam do intercâmbio por um período mínimo de um semestre e máximo de dois anos. “Os estudantes ficam isentos das taxas de matrícula na instituição acolhedora”, declarou o coordenador.

Segundo ele, as principais vantagens de estudar no exterior é a experiência acadêmica internacional e enriquecimento cultural. O coordenador disse ainda que geralmente quem procura o intercâmbio são alunos da classe média/alta. “Isso porque todas as despesas de transporte, moradia, alimentação para a permanência no exterior são por conta dos estudantes”, explicou. O custo aproximado por semestre é de R$20 mil.

Além do Promodi, a UFPB disponibiliza também bolsas de estudos financiadas pelo Santander, através do Santander Universidades (bolsas Ibero-americanas), que oferece cinco bolsas para o México, sendo que duas são para a Universidade Autônoma do México e as demais para outras universidades do mesmo país. Cada aluno selecionado recebe uma bolsa de 3 mil euros. O programa Fórmula, por sua vez, oferece duas bolsas de 5 mil euros, destinadas exclusivamente a alunos que têm condições econômicas desfavoráveis.

Estudar fora é oportunidade de ampliar conhecimento

Estudante do 3º ano do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Anna Carla Ribeiro, que está em Lisboa desde setembro do ano passado, classifica a experiência do intercâmbio como 'incrível'. Para ela, estudar fora do país representa a oportunidade de expandir os conhecimentos. “No meu caso, o choque foi grande por ter sido a primeira vez que saí do Brasil. Quando cheguei aqui me deparei com uma realidade bem diferente”, afirmou.

Segundo ela, há uma diferença visível no método de ensino do Brasil e da Europa. “Acredito que é apenas uma fase de adaptação, apesar de não ser muito fácil o primeiro contato com os portugueses”, declarou. Anna Carla retorna ao país no próximo mês, mas disse que vai tentar realizar a transferência do curso para a Universidade Técnica de Lisboa. “Pretendo me formar aqui”, afirmou a estudante.

A experiência tem sido tão proveitosa que ela não pensa no momento em voltar para o Brasil. “Acho que me sentiria um pouco deslocada depois de ter vivido aqui (Lisboa). Acho que esse ciclo não precisa ser interrompido agora. Mas isso tem um preço". Para Anna Carla, junto com o intercâmbio vem o desafio de viver distante fisicamente das pessoas queridas. “De repente nos vemos expostos a situações que exigem uma atitude madura e consciente da nossa parte, coisas que eram resolvidas em nosso nome, agora precisam ser resolvidas por nós”, explicou.

Por outro lado, a troca experiências culturais é a principal vantagem de quem faz intercâmbio, segundo a estudante, natural de Piraju, em São Paulo. “Isso nos faz perceber na prática as diferenças das pessoas de cada país e as respeitá-las acima de tudo”, comentou. Anna Carla faz estágio no laboratório de pesquisa da universidade onde estuda. Ela foi para o exterior pelo Programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal.

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Jornal da Paraíba

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