Faltam profissionais de gastronomia na capital

A realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, também aquece outro setor do mercado: o da gastronomia. Em João Pessoa, faltam profissionais capacitados para atender à demanda já existente. Não é à toa que proprietários de restaurantes e hotéis procuram profissionais em outros estados para ocupar as vagas existentes. Apesar de o mercado ser promissor, quase não há cursos superiores de gastronomia na Paraíba.

Entretanto, deve ser oferecido a partir do próximo ano pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus de Mamanguape. De acordo com o diretor Alexandre Scaico, um projeto para implantação do curso em Mamanguape está em tramitação desde o final do ano passado. “O projeto foi encaminhado para a reitoria que deve nos responder nos próximos meses. A expectativa é que o curso seja oferecido a partir de 2013”, afirmou.

Atualmente, a Faculdade Potiguar da Paraíba (FPB) oferece o curso superior tecnólogo em gastronomia. Dentre as funções que esse profissional pode exercer estão: chef de cozinha, organizador de eventos, promotor de marketing gastronômico, gestor de empreendimento de alimentos e bebidas, consultor na área de gastronomia, etc.

A coordenadora do curso, Ester Carvalho, disse que atualmente a instituição trabalha com duas turmas lotadas. São alunos de realidades bem distintas: alguns já são donos de seus próprios negócios; outros recém-saídos do ensino médio. “A proximidade com a Copa do Mundo e as oportunidades que essa profissão oferece são os pontos observados pelos alunos”, afirmou. No curso, os estudantes veem disciplinas ligadas à administração, um incentivo a mais para quem pensa em trabalhar para si próprio.

No Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), é possível se matricular nos cursos de auxiliar de cozinha (200 horas-aula) e de cozinheiro básico (400 horas-aula). “Este último é uma novidade oferecida pelo Senac e registrou recorde de público. As inscrições foram esgotadas em apenas uma hora”, revelou Camila Maia.

Ao concluir um dos cursos de capacitação, o aluno é encaminhado para uma das empresas cadastradas no Senac. A procura pelos cursos se dá pela exigência de profissionais capacitados. “Muitas pessoas trabalham na área, mas não têm qualificação para isso”, afirmou.