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VAMOS TRABALHAR

Há vagas no mercado para bons vendedores

Mercado está aberto para profissionais que têm facilidade de comunicação e vontade de progredir; salários ainda precisam melhorar. 

Publicado em 29/06/2014 às 14:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 17:24

Apesar da grande oferta que existe no ramo das vendas, poucos se mantêm na função. Isso ocorre, principalmente, por dois motivos: nem todos os candidatos possuem o perfil para o cargo e, também, a falta de qualificação faz com que, muitas vezes, sejam utilizadas as estratégias erradas na hora de se tentar seduzir o cliente. Visto muitas vezes como um emprego temporário, ser vendedor, no entanto, pode ser uma boa oportunidade principalmente para os que querem criar seus próprios salários – é o lado bom das chamadas 'comissões'.

De acordo com a especialista em recrutamento de pessoas Débora Magalhães, nem todos os candidatos possuem o perfil para vendas. "É preciso ser dinâmico e pró-ativo, ter boa comunicação, possuir habilidade de negociação e saber ouvir as necessidades do cliente", afirma. Isso não quer dizer, por outro lado, pessoas tímidas não possam ser bons vendedores.

Pelo contrário: muitas vezes são os tímidos que escutam mais os clientes e conseguem atender melhor as suas necessidades.

O cargo possui pontos positivos e negativos. Do lado positivo, está o fato de que geralmente quem trabalha com vendas faz o seu próprio salário, ou seja, quanto mais vende, mais ganha.

Isso, no entanto, não deve ser motivo, alertam os especialistas, para que o vendedor se torne insistente com seus clientes, ao ponto de importuná-los, desde o momento em que ele entra na loja, para que ele leve algo. "Vendedores assim, na verdade, afastam os clientes", afirma o diretor da Élogos, empresa de educação corporativa, Ricardo Devai.

Para o vendedor de uma loja de informática da cidade, Renato Alves, esse, na verdade, foi um dos principais pontos atrativos para que ele se tornasse um vendedor. "Antes, eu era autônomo, trabalhava com a manutenção de computadores.

Resolvi virar vendedor por conta da estabilidade de ter um emprego e, ainda, de poder receber mais do que o salário, através das comissões", afirma. Segundo ele, o fato de ser bastante comunicativo e de ter facilidade em se relacionar com outras pessoas também foram decisivos para sua escolha.

Entre os pontos negativos, por sua vez, estão a exigência de dedicação e disponibilidade de horário, principalmente em períodos de datas comemorativas como Natal, Dia das Mães, etc. "Alguns estabelecimentos também abrem em domingos, feriados ou no horário noturno", explica Débora Magalhães. A exigência de que muitas vezes se trabalhe com horas extras, por outro lado, é um outro obstáculo.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de João Pessoa (Sinecom), o piso salarial dos vendedores é de R$ 790,00. Para o interior, esse piso é de R$ 745,00. Nos domingos e feriados, o trabalhador tem direito a receber R$ 38,00 por dia trabalhado. Com as comissões, no entanto, muitas vezes é possível até mesmo dobrar o salário. É o que diz a vendedora Kelly Farias. Ela, que entrou na área seguindo os passos de seu pai, que passou a vida inteira trabalhando no ramo, hoje faz o curso de Turismo, na UFPB. Mesmo quando se formar, no entanto, afirma: não pretende sair da área.

TREINAMENTOS SÃO ESSENCIAIS

A falta de qualificação é outro quesito apontado como motivo para que os vendedores se mantenham pouco tempo no mercado de trabalho. "Ele precisa mudar um pouco o jeito de pensar. Sair daquela coisa de vender a qualquer custo. Ele precisa, primeiro, pensar em como conquistar aquele cliente", diz Ricardo Devai, diretor da Élogos, empresa de educação corporativa.

Segundo ele, é necessário que o vendedor seja treinado para que saiba como lidar com o cliente que chega à loja, lembrando, sempre, que há diferentes perfis de clientes. Há aqueles que preferem não ter o apoio do vendedor, há os que exigem atenção fulltime, fazendo centenas de perguntas, e há aqueles que querem apenas que o vendedor esteja disponível para o momento em que surja alguma dúvida. "É necessário que o vendedor tenha esse conhecimento, saiba diferenciar qual o tipo de cliente que chega à loja. Só assim ele irá estar pronto para saber como se comportar", afirma Ricardo.

Ter apenas os conhecimentos técnicos sobre o produto que se está vendendo, portanto, não é suficiente. É necessário saber como abordar o cliente e, também, como fechar a compra.

Enxergar aquela pessoa que chega à loja apenas como uma oportunidade de aumentar a comissão pode ser, na verdade, o ponto de perdição de muitos vendedores, pois ao chegar em casa com um produto que, de início, ele não queria comprar, o cliente pode acabar se sentindo frustrado e sem querer mais nunca voltar à determinada loja. "É necessário pensar na venda como um ato em longo prazo. Conquistar o cliente para que ele sempre volte", opina o consultor.

Por último, é necessário que os vendedores tenham consciência de seu valor dentro da empresa. "Um vendedor, na realidade, é alguém que está realizando o sonho das pessoas.

É ele que faz a ponte entre o produto que a empresa está oferecendo e o sonho do cliente. Se ele não estivesse ali, talvez o cliente comprasse algo que não fosse realmente o que quisesse. Imagine, por exemplo, um vendedor que ajuda alguém a comprar a televisão dos seus sonhos para assistir à Copa do mundo. Ele não vai estar vendendo apenas um produto, mas um sonho", opina Ricardo.

CURSOS AJUDAM A DESENVOLVER HABILIDADE PARA A CARREIRA

Para quem está no ramo das vendas, um curso de qualificação pode ser um grande diferencial. No Sebrae, são oferecidos três cursos. São eles: Técnicas em Vendas; Como vender mais e melhor; e Técnicas em negociação. "Nesse momento, onde as ofertas são iguais para todos, o que o profissional precisa é de um diferencial. E esse diferencial você só vai ter procurando uma capacitação, criando o seu net- work. Quando uma empresa contrata uma pessoa, eles contratam aquela pessoa que tem a capacidade, mas que precisa desenvolver as habilidades. E uma das formas de desenvolvê-las é através dos cursos de capacitação", explica a coordenadora de cursos do Sebrae em João Pessoa, Socorro Vasconcelos.

Nos cursos de Técnicas em Vendas e Como vender mais e melhor, o vendedor aprende, por exemplo, estratégias para que o cliente se fidelize, saindo do lugar comum do vender apenas por vender. "A partir do momento em que o vendedor entende seu papel e, principalmente, a importância do seu papel, fica mais fácil esse tipo de comportamento", explica a coordenadora.

Já no curso de técnicas em negociação, os vendedores trabalham assuntos, inclusive, relacionados à ética. "Muitas vezes as pessoas confundem uma negociação com o fato de alguém estar tirando vantagem nisso, o que não é verdade.

Uma negociação só é boa quando existe transparência e é boa para os dois lados. É o que a gente chama de ganha-ganha", explica Socorro. Outros pontos abordados nos cursos são o mapeamento do perfil do cliente e o posicionamento de cada mercadoria.

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Jornal da Paraíba

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