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Memorização serve de auxílio em concursos públicos
Métodos de estudo, como a técnica Pomodoro, podem ser algumas alternativas para o candidato.
Publicado em 03/08/2014 às 7:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:44
O conteúdo exigido aos candidatos nos concursos públicos, muitas vezes, de tão vasto, acaba sendo difícil, até mesmo, memorizá-lo. Alguns métodos de estudo, no entanto, como a técnica Pomodoro, através da qual são feitas pausas nos períodos de estudo, e as frases mnemônicas (frases que auxiliam a memorização) podem ser algumas alternativas para que o candidato, na hora da prova, esteja com todo o conteúdo exigido em mente.
Para a professora Fabíola Ferreira, da Escola de Ginástica da Memória Supera, realizar pequenas pausas durante os estudos é importante pois facilita a apreensão das informações pelo cérebro. "Naquele momento em que eu estou lendo, eu preciso estar totalmente concentrado naquilo. Assim, meu cérebro vai perceber que aquela informação é importante", afirma. Segundo ela, o ser humano possui dois tipos de memória: a de trabalho, que é uma memória de curto prazo, de informações rápidas, e uma memória longa, que unifica as informações que são apreendidas desde a fase inicial da vida. "Com os intervalos, o cérebro vai ter tempo para perceber a importância do que eu estudei e arquivar na memória de longo prazo. É esse descanso que faz com que a informação seja guardada", afirma.
Um exemplo de técnica que utiliza as pausas entre os períodos de estudo e quem tem feito sucesso entre os concurseiros é a chamada Técnica Pomodoro. De acordo com esta técnica, basta dividir seu tempo em períodos de 25 minutos, trabalhar em suas tarefas nesses períodos e, a cada quatro ciclos, fazer uma pausa de 15 minutos para descansar. A cada ciclo, no entanto, deve-se também fazer uma parada de cinco minutos para descansar. A ideia é que você trabalhe ininterruptamente durante cada ciclo de 25 minutos. O método foi criado em 1992 pelo italiano Francesco Cirillo.
De acordo com a professora do Supera, não existem "fórmulas prontas". O que é preciso é estimular o cérebro de forma que o candidato consiga dar o seu melhor. "Através do estímulo do cérebro, não é que você crie novas habilidades. Você simplesmente desenvolve aquilo que você já tem", explica, fazendo referência, ainda, ao método utilizado pela escola.
"Nossa principal ferramenta é o ábaco, um instrumento milenar que trabalha os dois hemisférios do cérebro e desenvolve nossas habilidades de uma forma incrível", diz. Aliado ao ábaco, são utilizadas ainda, dinâmicas, neuróbica (exercícios para os neurônios) e jogos pedagógicos.
Outro ponto que merece atenção por parte de quem está estudando para os concursos no que diz respeito à memorização é a própria autoestima do candidato. "O indivíduo precisa se sentir bem para que consiga alcançar a sua meta. Ele precisa entender que cada um tem o seu ritmo. Alguns precisam tentar só uma vez e conseguem, outros precisam tentar mil mas, ao fim daquelas mil vezes, também irão obter o mesmo sucesso", afirma. Segundo ela, o lado emocional, inclusive, pode fazer com que o candidato acabe perdendo a vaga, caso surja o famoso "branco" na hora da prova. "Muitas vezes, não é que eu não lembre do assunto. É que o meu emocional me abala tanto que, naquele momento, cria-se um bloqueio, bloqueio esse que acaba fazendo com que a minha aprovação não venha", alerta.
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