Para professor, é preciso estudar todo dia para ter bom desempenho

Jacqueline Santos
Do Jornal da Paraíba

Se você não quer deixar passar a oportunidade de assegurar uma vaga em órgão público já no próximo ano precisa se organizar (começando por definir a área onde pretende investir), estabelecendo metas e elaborando um cronograma de estudos, sem esquecer de segui-lo à risca. Conhecer a banca organizadora tem sido diferencial entre os concorrentes.

De acordo com o professor Chico Viana, a primeira providência é escolher o concurso que se pretende fazer e começar a preparação antes mesmo da publicação do edital.

“Isso representa um diferencial, um acréscimo de tempo dedicado ao estudo. Se o tempo for curto para a preparação, vai ser muito importante ter organização e constância, em suma, ter disciplina. É essencial estudar todo dia -- mas não necessariamente todo o dia. Menos horas com dedicação é melhor do que mais horas com dispersão. O cansaço afeta os neurônios e diminui o rendimento”, frisou.

Definida a área do serviço público que deseja ingressar (ministérios, bancos, tribunais, carreira jurídica, companhias estaduais, área fiscal ou policial), o passo seguinte é buscar orientação especializada em concursos públicos. “Ao estudar por material didático voltado para concursos públicos (livros e apostilas), dê prioridade aos referentes às matérias específicas. Livros com questões comentadas são muito bons para compreensão de como os assuntos serão cobrados”, ensina o professor Álvaro Neto.

O tempo que se deve dedicar ao estudo varia de acordo com cada pessoa. Contudo, vale reservar pelo menos três ou quatro horas diárias diante dos livros, em uma escala de segunda-feira a sábado. O domingo seria o dia voltado ao descanso, com muitas atividades de lazer. Se você não trabalha e tem o tempo livre apenas para estudar, a dica é ocupar até oito horas por dia com os conteúdos do próximo concurso que pretende prestar.

“Quem trabalha precisa de um esforço maior, aproveitando os horário matinais (acordando um pouco mais cedo e estudando de 1,5 a 2 horas), o intervalo para o almoço (mais 01 hora) e o horário noturno (neste caso a frequência em um curso preparatório é recomendada)”, orienta.

Tão importante quanto organizar o horário é selecionar com cuidado o material a ser priorizado. Apostilas, livros e provas anteriores (específicas) fazem parte do arsenal do concurseiro.

“O material fornecido pelos cursinhos é muito proveitoso, pois os que o elaboram têm grande experiência na área; isso impede que o aluno concentre seu interesse em aspectos irrelevantes das matérias e perca tempo. Mas o material deve ser complementado com livros ou apostilas que tragam bons exercícios. Quanto mais se lê e se informa, tomando contato com teorias e enfoques diferentes, mais tem condições de dominar a matéria”, avalia o professor Chico Viana, acrescentando que o método deve incluir a resolução comentada de provas anteriores.

No caso da disciplina de Português, presente em quase todos os conteúdos das provas de concurso, a análise de pontos como interpretação de textos, uso da norma culta e tópicos da linguística como coerência e coesão precisam ser reforçados. Tópicos a exemplo da ortografia e pontuação e funções da linguagem devem ser bastante analisados também.