VAMOS TRABALHAR
Partidos gastaram R$ 194,1 mil com pessoal na campanha para o Governo
Contas não incluem trabalhadores nas ruas.
Publicado em 07/08/2010 às 12:15
Karoline Zilah
Juntos, as duas chapas majoritárias que mais agregaram partidos na Paraíba calculam ter injetado R$ 2,8 milhões na economia local durante a primeira fase da campanha eleitoral, de 9 a 31 de julho. Deste montante, R$ 197,1 mil foram utilizados para a contratação de mão de obra.
Lembrando que este valor não inclui oficialmente os trabalhadores de rua, que pelos levantamentos do Paraíba1 são pagos para fazer o serviço, mas não são declarados na prestação de contas.
Consulte a prestação de contas detalhada no site do TSE
Confira abaixo alguns detalhes informados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos maiores empregadores:
Coligação Paraíba Unida
O comitê financeiro da coligação Paraíba Unida, representada pelo governador José Maranhão (PMDB), que concorre à reeleição, não divulgou a quantidade de pessoas contratadas para a campanha do candidato, mas declarou ao TSE ter gasto R$ 142,51 mil com pessoal para exercer os primeiros trabalhos de campanha. Em entrevista anterior, o coordenador financeiro Rui Bezerra declarou que estimava a contratação de 350 pessoas nos trabalhos de apoio à campanha.
A previsão total de gastos da majoritária é a maior entre todas as coligações inscritas neste ano: cerca de R$ 12 milhões. Até o momento, teriam sido gastos quase R$ 2 milhões, mais precisamente R$ 1.956.145,73, em publicidade, serviços terceirizados, locação de imóveis e veículos, entre outros.
Coligação Uma Nova Paraíba
De acordo com a coordenação financeira da coligação Uma Nova Paraíba (PSB, PSDB, DEM, PDT, PPS, PTC, PV, PTN e PRP) foram aplicados apenas R$ 54,6 mil em serviços terceirizados de pessoal para a campanha de Ricardo Coutinho (PSB) ao Governo do Estado. O valor é baixo, considerando que apenas 72 pessoas teriam sido contratadas em regime temporário de três meses (sem vínculo empregatício e sem pagamento de impostos) para auxiliar nos trabalhos em dez comitês oficiais montados em todo o Estado. A média salarial é de R$ 738,33 por pessoa.
Nesta primeira etapa de trabalhos, as despesas totais efetuadas teriam chegado a R$ 901.401,82, quando o orçamento para toda a campanha é de R$ 8,1 milhões.
A justificativa da coordenadora financeira da campanha, Ester Malaquias, para números tão baixos é de que os militantes da causa socialista compõem a grande maioria das pessoas envolvidas na campanha de Ricardo e de seus aliados. Segundo ela, o que se vê nas ruas são colaboradores que doam tempo para a divulgação do nome de Ricardo. Como estas pessoas não receberiam para fazer o serviço, elas não entram na prestação de contas.
Nanicos
A realidade é bem diferente dos candidatos a governador dos chamados partidos “nanicos”. Segundo os dados apresentados ao TSE, os partidos não gastaram nada com emprego de pessoal para a campanha. O único que não entregou a primeira prestação de contas parcial foi Marcelino Rodrigues (PSTU).
A previsão de gastos apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) durante o pedido de registro de candidatura é bem enxuta para estes concorrentes: Chico Oliveira (PCB) estimou gastos em R$ 200 mil; Nelson Júnior (PSOL) prevê um investimento de R$ 100 mil; a candidata do PCO, Lourdes Sarmento, pretende gastar R$ 50 mil; já Marcelino Rodrigues radicalizou: disse que só gastará R$ 15 mil na sua campanha.
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