Pedir demissão com cautela e profissionalismo

O momento de pedir demissão da empresa muitas vezes pode causar apreensão e noites de insônia no profissional, principalmente se a relação com seus chefes for boa. A sensação de estar 'fechando as portas' em um local de trabalho pode ser realmente assustadora. Algumas vezes, o medo de decepcionar a pessoa que lhe deu a oportunidade de realizar um trabalho satisfatório acaba fazendo com que o trabalhador se sinta na obrigação de continuar ali, mesmo que a situação não lhe seja favorável. Esse medo, no entanto, não pode virar uma 'camisa de forças' para o funcionário. O mais indicado é que ele tenha uma conversa franca e saudável com seu empregador, apontando aquilo que lhe motivou a sair da empresa. Dessa forma, é possível manter uma boa relação com seus ex-chefes, sendo possível, até mesmo, que o profissional volte a trabalhar na empresa no futuro.

Para saber se é o momento certo de pedir demissão, o trabalhador deve analisar bem alguns pontos como motivação, remuneração, trabalho em equipe e promoção de função.

"Quando o profissional sentir que todos esses pontos estão bem avaliados e que não mais estão sendo favoráveis para seu desenvolvimento como profissional na empresa, é o tempo certo para desligar-se", explica a psicóloga Anna Carolina Nunes.

Segundo ela, seu chefe imediato deve ser a primeira pessoa a ser comunicada da decisão e isso deve ser feito através de uma conversa franca. "As causas e motivos do desligamento devem ser bem colocados e devidamente alinhados, para que, assim, ambos saiam confortáveis - tanto a empresa como o funcionário. A sinceridade é a base para se chegar a um bom esclarecimento", explica.

A data de saída da empresa deve ser um dos pontos abordados nessa conversa. É interessante que essa data esteja de acordo com a necessidade de ambas as partes. "Essa questão depende da necessidade que o funcionário está em querer se desligar da empresa e o tipo de acordo a ser feito que seja viável para ambos (empresa-funcionário)", alerta Anna Carolina.

Mesmo que o empregado siga todas as instruções e aja com perfeita ética, porém, é possível que o chefe "surte" ao receber o pedido de demissão e comece a tratar mal o funcionário.

Nesses casos, é necessário manter a sobriedade. "É melhor ficar quieto e esperar passar, afinal sua decisão já está tomada", alerta a consultora em gestão de pessoas Mônica Costa.