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PF prende segundo policial rodoviário suspeito de fraude em concurso

Prisão foi desdobramento da Operação Tormenta, que investiga quadrilha.

Publicado em 23/11/2010 às 15:01

Do G1

Um segundo policial rodoviário federal foi preso nesta terça-feira (23) por conta dos desdobramentos da Operação Tormenta da Polícia Federal, deflagrada em 16 de junho passado e que investiga fraudes em concursos públicos em todo o país.

A prisão ocorreu após o a Polícia Federal concluir o inquérito sobre irregularidades em provas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de 2008, disse o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves, chefe da operação, ao G1. O policial está entre os indiciados por fraude no concurso. Além disso, participou do concurso como candidato, tendo o gabarito em mãos, disse Alves.

De acordo com o delegado, a prisão aconteceu na capital paulista, onde o policial trabalhava, e contou com a ajuda da Corregedoria da Polícia Rodoviária em São Paulo. O policial preso trabalhava na sala onde as provas do concurso da Abin ficaram guardadas antes do exame.

Em julho, outro policial rodoviário federal acusado de participação nas fraudes em concursos foi preso.

Gabaritos da Abin por até R$ 100 mil

Na investigação sobre a seleção da Abin, a polícia conseguiu comprovar a participação ativa do agente no esquema que vendeu gabaritos do caderno de questões a candidatos, disse Alves. Segundo o delegado, nesse concurso as respostas custaram entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, dependendo da condição financeira de quem comprava.

No inquérito, foram indiciados 15 candidatos e sete membros da quadrilha. A PF diz que o grupo que chefiou a fraude é o mesmo envolvido no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de 2009 e na prova do concurso da Polícia Federal de 2009, sendo que alguns integrantes mudam de acordo com a seleção.

A PF pediu a prisão do policial sobre os argumentos de conveniência da instituição criminal, e garantia da ordem pública, já que ainda não foi comprovada a efetiva participação do policial. O decreto de prisão foi dado pelo juiz Herbert Cornélio Pieter de Bruyn, da Justiça Federal em Santos (SP), onde corre o processo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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