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Português pode decidir aprovação
Para os professores, o problema de muitos candidatos é que eles não tiveram um bom aprendizado no ensino médio
Publicado em 17/03/2013 às 8:00
Tormento para uns, salvação para outros. Assim pode ser definida a disciplina de Língua Portuguesa nos concursos públicos. Para os professores, o problema de muitos candidatos é que eles não tiveram um bom aprendizado no ensino médio. “O estudante sai sem os requisitos gramaticais mínimos para conhecer a estrutura da língua”, afirma o professor Chico Viana. Ele lembra que, como a leitura é pouco cobrada, o estudante sai com pouca capacidade e compreensão textual. A produção de um bom texto é a chave para se sair bem nas provas.
Os concurseiros precisam levar a sério o estudo da matéria, por um prazo de seis meses a um ano. Mas na prática, muitos procuram cursos preparatórios com o intuito de aprender tudo em tempo recorde, “como se fosse possível aprender alguma disciplina por mágica”. Chico Viana lembra que dicas, bizuradas e resolução de questões só funcionam quando se tem alguma base.
É importante destacar que os assuntos tendem a se repetir dentro do que os diversos órgãos elaboradores costumam enfocar.
Segundo o professor, as provas da Fundação Carlos Chagas, por exemplo, enfatizam mais a parte sintática.
Graduada em Ciência da Informação, Nayra Fonseca largou o emprego para se dedicar exclusivamente a concursos públicos. A preparação vem há cinco anos. No momento, Nayra estuda com mais ênfase para o concurso público da Assembleia Legislativa da Paraíba (AL-PB), no qual é uma das 20.001 pessoas inscritas para o cargo de assistente legislativo (nível fundamental). Ela concorda que é preciso ter muita atenção com a Língua Portuguesa. “É uma matéria com peso maior nas provas, o que exige muito estudo”, conta.
Nayra já tentou cinco concursos e diz que geralmente consegue obter uma boa nota na prova de Português, mas sabe que quanto mais preparação, melhor. “É preciso ler bastante, tirar dúvidas com o professor, se possível fazer um curso de matérias isoladas, etc”, afirma. A resolução de provas de concursos passados é uma das táticas de estudo de Nayra. “Para quem estar preparado, não acho que Português seja um bicho-papão, mas para quem faz concurso por fazer, aí sim é preciso ter um certo temor”, declara.
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