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VAMOS TRABALHAR

Profissional deve se manter ativo em tempos de crise

 Proatividade e qualificação são essenciais para manutenção do emprego. Criatividade, inovação e gestão também contam  

Publicado em 21/06/2015 às 16:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 15:42

Com a crise econômica que assola todo o país, mesmo aqueles que estão empregados ficam cada vez mais angustiados e apreensivos. O grande número de demissões que têm sido feitas mensalmente nas empresas deixam os funcionários cada vez mais ansiosos e incertos quanto ao seu futuro. De acordo com especialistas, no entanto, algumas características devem ser valorizadas caso o profissional queira manter seu emprego garantido: a proatividade, por exemplo, é uma delas.

O profissional deve estar ainda mais atento à necessidade de se desenvolver em um processo contínuo de evolução. "Nesse sentido, ressalto a importância do desenvolvimento com a intenção de ser um profissional preocupado com sua evolução e com suas possibilidades reais de contribuição ao negócio", afirma a especialista em RH da Vagas.com, Patrícia Sampaio. "A manutenção do emprego será uma consequência", pontua.

Segundo ela, o aprendizado deve considerar duas vertentes: de um lado, o conhecimento técnico para fortalecer o profissional como especialista, e, do outro, os conhecimentos diversos para exercitar outras competências como criatividade, inovação, gestão e negócio. "Ao mesmo tempo, vale lembrar que mesmo profissionais da mais alta qualidade estão sendo dispensados, não por incompetência, mas sim por ocasião de um cenário político-econômico de incertezas", comenta.

É muito importante, portanto, que os profissionais estejam atentos a algumas características que estão sendo cada vez mais buscadas pelas empresas: é o caso, por exemplo, da proatividade. "Proatividade é uma competência cada vez mais valorizada e diria até que bem aceita em todos os níveis e nichos. É importante que cada profissional conheça e busque desenvolver as competências essenciais na sua área de atuação. Seria muito interessante também que os funcionários, junto às empresas, refletissem e desenvolvessem ações para enfrentar a crise", conclui a especialista.

Foco na competência e na capacidade de adaptação

Nesse momento, é bom estar atento: mesmo os bons profissionais precisam estar preparados, pois podem ser demitidos a qualquer momento, afirma a gerente de transição de carreira e executivo coach da Thomas Case & Associados, Cristiane Antunes. "Quem está trabalhando há muitos anos em uma empresa e está com o salário acima da média de mercado são os mais visados para a demissão", afirma.

Segundo ela, é importante que tanto os profissionais que estão trabalhando quanto quem foi demitido faça uma autoavaliação a respeito de suas competências técnicas e comportamentais, bem como desenvolver os aspectos que precisam melhorar, seja investindo na parte intelectual, fazendo cursos e se atualizando, como também investindo em seu networking. Já na hora de procurar o emprego e se recolocar no mercado de trabalho, o profissional deve investir em seu autoconhecimento para saber fazer seu 'marketing pessoal', mostrando suas competências ao mercado de forma mais assertiva. Procurar um profissional Coach ou um consultor de carreira é uma boa opção.

E o quê, afinal, as empresas estão buscando? "Atualmente, os profissionais multifuncionais são os mais buscados, uma vez que as empresas estão enxugando seus quadros e acumulando funções aos colaboradores. Os profissionais que tiverem melhor gestão de tempo, flexíveis às mudanças, comprometimento e inteligência emocional terão maior destaque aos olhares do mercado de trabalho", conclui a gerente de transição de carreira Cristiane Antunes.

Demissão não é saída

A melhor estratégia, no momento, para a empresa, caso ela tenha clareza de quem são seus talentos e do quanto podem contribuir para melhorar a performance e a eficiência, seria, ao contrário de demitir, investir e envolver as pessoas nos objetivos e propósitos da empresa. "No entanto, é muito difícil afirmar que as empresas reconhecem que tem bons profissionais e, assim, não os deixarão de fora, pois estaríamos pressupondo que todas as empresas estão muito bem orientadas em relação às melhores práticas em situação de crise e não sei se esta afirmação é válida", explica a especialista em RH da Vagas.com.

"Entendemos que há outras formas de recuperar caixa para a empresa que não seja necessariamente desligar pessoas. Esta talvez seja a primeira saída, a mais óbvia, mas não significa ser a melhor. Os desligamentos devem ser amplamente analisados. Algumas áreas talvez precisem ser preservadas e até fortalecidas em cenários de crise", opina.

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Jornal da Paraíba

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