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Promotoria pede suspensão de concurso público para servidores em Piancó

Promotora do Patrimônio Público de Piancó, Caroline Freire Monteiro da Franca, declarou ter encontrado ilegalidades no processo seletivo.

Publicado em 23/09/2009 às 8:46

Do MPPB

A promotora do Patrimônio Público de Piancó, Caroline Freire Monteiro da Franca, entrou com uma ação civil pública pedindo a suspensão e anulação do processo seletivo público da Prefeitura Municipal de Piancó, por ilegalidades e irregularidades.

Dentre os problemas apontados, está a ausência de licitação para seleção e contratação de empresa que deverá realizar concurso público, que, segundo a promotora, é uma exigência obrigatória pela própria natureza intelectual da atividade contratada. O município está oferecendo 605 vagas para os mais diversos cargos.

De acordo com Caroline Freire, a falta de licitação propiciou ilegal contratação direta de empresa selecionada de forma manifestamente equivocada e extraoficial. Ela informou que no mês de agosto, a Promotoria abriu um procedimento administrativo solicitando informações acerca do concurso, mas que não recebeu qualquer documento para justificar os motivos e a razão da dispensa da licitação.

”Constata-se que não foi observado, pela Administração Pública, atenção ao critério de técnica ou técnica e preço para verificar, previamente, qual a proposta que seria mais vantajosa para atender o interesse da Administração no desempenho de serviço eminentemente intelectual e complexo, como é o caso da realização e elaboração de prova como a realização de processo seletivo público para provimento de 605 cargos para a administração pública do Município de Piancó”, declarou a promotora do Patrimônio Público.

Além da falta de licitação e contratação irregular da empresa, a Promotoria de Justiça apontou que o edital do concurso prevê um conteúdo programático sem critério e tecnicidade, fugindo ao padrão e paradigma compatível com a atividade relacionada ao cargo correspondente; ausência de estudo e prévia planilha orçando e projetando os custos para a realização do certame.

A promotora ainda relatou que, segundo seu entendimento, houve desorganização e ausência de mínima motivação e oficialidade nos atos administrativos praticados relativos ao certame; e, por fim, falta de comprovação da publicidade seguida de reduzido e desproporcional período de inscrições, bem como alteração de horário de prova sem devida publicação em local de fácil acesso e jornal de grande circulação.

Imagem

Jornal da Paraíba

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