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VAMOS TRABALHAR

Saiba como detectar e evitar os sinais de insegurança

 Comportamento do candidato espelha personalidade.

Publicado em 01/05/2011 às 11:22

Valéria Sinésio
Do Jornal da Paraíba

Não é só a timidez que pode atrapalhar o candidato na hora da entrevista de emprego. Mexer nos cabelos, ajeitar a gravata e colocar a mão na cintura, por exemplo, não são atitudes bem vistas pelo entrevistador. O comportamento do candidato pode dizer muita coisa da sua personalidade e isso pode comprometer o resultado final. A orientação dos especialistas é para que ninguém fique mexendo em canetas ou outros objetos, em um claro sinal de ansiedade. Para as mulheres, é melhor ir para a entrevista com o cabelo preso, como forma de evitar o ‘mexe-mexe’.

Colocar as mãos para trás, nem pensar. Pode passar a mensagem de insegurança. Braços cruzados também fica proibido, pois aumenta a distância entre entrevistado e entrevistador. É importante lembrar que os gestos precisam estar coerentes com o que você fala. Alguns comportamentos podem sugerir prepotência, arrogância e até desinteresse com o emprego. Evite ainda apoiar as mãos na cintura, olhar constantemente para o relógio, roer as unhas e olhar para o teto ou para o chão. O entrevistado deve olhar nos olhos do entrevistador, pois isso passa segurança.

As apresentações em público costumam ser as mais temidas pelos tímidos. Entre as orientações dos especialistas estão a de não falar muito alto ou muito baixo; falar muito rápido ou muito devagar; falar com ‘voz de criancinha’; usar termos técnicos para pessoas leigas no assunto; utilizar vícios de linguagens como ‘tá’, ‘ok’, ‘né’, e outros do tipo. Não se mostre prepotente, mas também não aparente subserviência.

Eliane Figueiredo lembrou ainda que de uma forma geral, os candidatos não devem tentar mostrar quem não são. “Ser o mais autêntico possível é sempre a melhor dica”, comentou. No entanto, é preciso ter cuidado para que a autenticidade não se confunda com liberdade. “Ninguém pode chegar em entrevista de emprego falando palavrões, isso é inadmissível”, alertou. Palavra carinhosas devem ser guardadas para os amigos e familiares. “Nada de ‘docinho’, ‘querida’, ‘florzinha’, ‘meu bem’. Nada disso”, orientou.

Se achar que precisa, não hesite em planejar o momento da entrevista de emprego. É nessa hora que você será observado por pessoas treinadas para avaliar não apenas suas palavras, como seus gestos e expressões faciais. Lembre-se: todas as pessoas têm limitações. Por isso, nada de supervalorizar seu currículo; a ‘máscara’ pode cair mais tarde. “O candidato precisa valorizar o que tem, mas não pode mentir”, afirmou. “Se ele é tímido, tem de falar. Se não fala, parece que não tem autocrítica”, disse.

Defeitos e qualidades existem em todo ser humano, por isso, a diferença está no que você diz e como se comporta no dia da entrevista. Você precisa saber falar de você, suas expectativas, e até sobre a pretensão salarial. Esse último item, inclusive, é um dos problemas para as pessoas tímidas. Se já é difícil dizer porque quer o emprego, imagina dizer quanto quer ganhar?

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Jornal da Paraíba

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